A decisão já havia sido proferida pela 3ª Comissão Disciplinar, mas os advogados corintianos conseguiram protelar a pena após entrarem com um pedido de efeito suspensivo.
No julgamento desta quinta-feira (6), os representantes do Corinthians alegaram ao Tribunal que "não houve dolo" no comportamento da torcida e que os cânticos entoados existem há mais de 30 anos e são provocações.
"Não necessariamente existe dolo quando se diz 'isso é homofóbico, de extrema gravidade'. Não é de extrema gravidade. Não tem dolo. É canto para provocar time e incentivar o outro time. Muito diferente de caso de racismo, como aconteceu com o Vini Jr lá fora. Ali houve dolo, chamando o jogador de macaco", defendeu Daniel Bialski, advogado corintiano.
Apesar das alegações, o pleno do STJD se manteve convicto da responsabilidade do Corinthians, como exposto pelo procurador Rafael Bozzano.
"O clube não identificou nenhum torcedor em um estádio moderno com todas as possibilidades para dizer 'olha, vai ficar 720 dias sem entrar na praça desportiva'. De nada adianta fazer publicidade e marketing contra homofobia no telão para 45 mil pessoas se as pessoas não respeitam", declarou.
A pena imposta ao Corinthians será aplicada no jogo contra o Vasco, pela 18ª rodada do Brasileirão, no dia 30 de julho, uma vez que não há data ainda definida para o confronto entre Corinthians e Grêmio, pela 15ª rodada e inicialmente marcado para o dia 15 de julho.