A atrasada partida foi válida pela 33ª rodada do Brasileirão, colocando os dois times com o mesmo número de jogos da maior parte dos integrantes da elite nacional. O Cruzeiro sentiu falta da sua torcida depois de ser punido pela briga de integrantes da sua organizada no jogo contra o Coritiba, na rodada anterior, fora de casa.
O empate deixa a dupla colada na classificação, ainda correndo risco de queda. O Vasco é o 15° colocado, com a Raposa logo abaixo, ambos com 41 pontos, com três a mais que o Bahia, primeiro time do Z4.
O Cruzeiro volta a jogar na segunda-feira (27), contra o Goiás, fora de casa, em novo confronto direto. O Vasco pega o Athletico-PR, no sábado (25), fora de casa. Faltam apenas quatro rodadas para os dois times encerrarem suas participações no torneio.
Sem a pressão da torcida pra incomodar
O Vasco não demorou a incomodar o Cruzeiro e criar chances de perigo. Um gol anulado de Vegetti assustou a torcida do Cruzeiro que acompanhava de longe antes de Puma Rodriguez balançar as redes celestes com um golaço.
Trama pela direita teve passe de Rossi, que fez a bola pegar uma rosca e enganar Castán na hora do quique. O zagueiro foi traído, com a bola se oferecendo para o lateral, que emendou de primeira, acertando o ângulo do goleiro Rafael.
Mesmo sem a torcida, o Cruzeiro mostrava-se pressionado. O time da casa tinha grande dificuldade na sua parte criativa, parando na boa postura da defesa do Vasco, comandada pelo zagueiro Maicon.
Virada azul
As chegadas do Cruzeiro, mesmo sem muito perigo, começaram a aparecer quando a primeira etapa se encaminhava para seu final. O maior volume de Raposa foi premiado com o empate vindo dos pés de Arthur Gomes, aos 41.
Veja como foi Cruzeiro x Vasco
Ele recebeu na intermediária com liberdade, carregou e bateu assim que entrou na área, com a bola desviando em Medel antes de chegar ao ângulo do goleiro Léo Jardim.
O Vasco pagou caro por uma queda de rendimento após sair na frente. Optando por não se lançar ao ataque, viu o Cruzeiro melhorar e chegar ao gol da virada com Bruno Rodrigues, em penalidade bem cobrada.
Jogada cantada
O Vasco não teve outra opção a não ser partir pra cima do Cruzeiro no segundo tempo, tendo as jogadas pelos lados de campo, buscando as bolas aéreas, como melhor opção. Depois de cruzamentos que atravessaram toda a defesa cruzeirense, o empate veio em cobrança de escanteio.
Sebastian Ferreira recebeu livre no segundo poste e escorou pro meio da área. Pec encheu o pé para deixar tudo igual e fazer o rebaixamento voltar a ameaçar os mineiros novamente.
O estádio vazio permitiu que as orientações do banco do Cruzeiro, alertando sobre a marcação no segundo poste, fossem ouvidas, mas também ignoradas. O empate ainda não livrava a Raposa do fantasma do Z4.
Sustos no fim
O Cruzeiro teve novo (longo) momento de improdutividade, vendo o Vasco se assanhar e quase conseguir uma outra virada no marcador, novamente com a bola pelo alto. Perto dos acréscimos, o time carioca chegou a fazer o terceiro, que foi anulado por centímetros com ajuda do VAR.
Nos momentos derradeiros, Wesley perdeu um lance feito do Cruzeiro com o gol aberto, tomando a decisão errada no que era pra ser a jogada da vitória.
Pelo que foi apresentado pelos times, o empate ficou justo, com um ponto somado sendo comemorado por quem teve mais derrotas na atual edição da Série A.
