"Eu estou vindo para um clube gigante que, de repente, não vivencia o momento que merece, que já ocupou em outros momentos, mas que pode voltar a ser quem era em questão de meses... Tudo vai depender do trabalho, da decisão de nós acreditarmos, estarmos confiantes naquilo que estamos fazendo", declarou Dorival, que assinou com o São Paulo até o fim de 2024.
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O novo comandante tricolor destinou elogios ao que vinha sendo feito por Rogério Ceni. Curiosamente, assim como aconteceu em sua primeira passagem, Dorival novamente chega ao Morumbi em substituição ao ex-goleiro e ídolo do São Paulo.
"Não vai existir um padrão para a equipe. Vou tentar aproveitar o máximo possível o trabalho do Rogério. Amanhã (jogo contra o América-MG, no Morumbi) vai haver uma mudança? Esqueçam isso. A mudança vai acontecer aos poucos e em um primeiro momento vai ser mais comportamental, para que possamos melhorar mais", destacou Dorival.
Dorival comandou o São Paulo pela primeira vez em 2017. Ele esteve à frente do time em 40 partidas, com 17 vitórias, 11 empates 12 derrotas. O treinador não conquistou nenhum título pelo Tricolor.
Espera pela Seleção Brasileira
Fora do mercado desde a saída inesperada do Flamengo após as conquistas da Copa do Brasil e da Copa Libertadores, Dorival disse que nutria a expectativa de comandar a Seleção Brasileira. Seu nome, no entanto, apesar de lembrado em várias pesquisas pelo Brasil, não foi levado em consideração pela CBF.
"Todo mundo na vida tem uma expectativa. Ela é natural não só pelas conquistas dos últimos campeonatos, mas na minha carreira. Me preparei para uma situação como essa. Peguei sete grandes equipes em zona de rebaixamento. Peguei equipes que não haviam passado por esse momento, e por outro lado conquistas importantes que fazem você passar a acreditar", disse o técnico.
Dorival ainda defendeu a presença de técnicos brasileiros na Seleção, mesmo com a preferência atual por um comandante estrangeiro. O nome do italiano Carlo Ancelotti é o sonho da CBF. Uma das opções nacionais aventadas é Fernando Diniz, do Fluminense.
"Para mim o futebol brasileiro sempre foi comandado por treinadores brasileiros, não há motivo para buscar treinadores de fora. Profissionais capacitados e que vivem em uma expectativa diferente do que se passa aí fora. Sempre tentando equiparar condições de trabalho lá fora e aqui dentro. Por isso que para mim o treinador brasileiro é preparado", garante Dorival.
Tranquilidade sobre Pato
Na coletiva de apresentação, Dorival também foi perguntado sobre a possibilidade de Alexandre Pato fechar com o São Paulo. O atacante vem sendo monitorado pela diretoria. Para o novo técnico, mais do que pensar em Pato, o Tricolor precisa se atentar aos meninos de Cotia.
"Com relação ao Pato temos que ter tranquilidade, ele está em recuperação. A janela fechou ontem, temos que ter tranquilidade. Se tiver que recorrer de alguma forma vai ser aos garotos de Cotia", finalizou.