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Flashscore entrevista Arthur, da Seleção: "Sonho em trilhar caminho de Danilo"

Josias Pereira e Daniel Ottoni
Atualizada
Arthur, de apenas 20 anos, é uma das grandes revelações do América-MG
Arthur, de apenas 20 anos, é uma das grandes revelações do América-MGRafael Ribeiro/CBF
Um nome que chamou atenção na convocação de Ramon Menezes para o amistoso da Seleção Brasileira contra o Marrocos foi o do jovem lateral-direito Arthur, de 20 anos, do América-MG. O jogador acaba de ser vendido ao Bayer Leverkusen por 7 milhões de euros (R$ 38,7 milhões), mas permanecerá no Brasil até o fim de maio.

O Flashscore conversou com Arthur e repercutiu a oportunidade dada ao atleta na Seleção. O lateral também foi convocado para os próximos amistosos do Brasil Sub-20, que se prepara para o Mundial da categoria.

Sua presença na Seleção principal se deu justamente pela participação com Ramon na base, com Arthur sendo parte importante do elenco campeão do Sul-Americano Sub-20. Mineiro de Belo Horizonte, ele defende o América-MG e fez história ao ser o primeiro atleta do clube convocado de forma direta à Seleção desde 1975

Com muitos sonhos e inspirações, como Cafu e o ex-americano Danilo, hoje na Juventus, Arthur destacou a felicidade pela presença na Seleção principal. O lateral também demonstrou maturidade na fala, no que deseja para sua vida e na emoção que sentiu ao realizar o sonho de toda uma família que sempre o apoiou.

Contra o Marrocos, Arthur esteve em campo por poucos minutos, mas o simbolismo daquele momento jamais sairá de sua memória. Uma carreira meteórica para um atleta que possui apenas 20 jogos como profissional e que está pronto para mais um salto na carreira. 

Arthur em retorno ao América após a conquista do Sul-Americano Sub-20
Arthur em retorno ao América após a conquista do Sul-Americano Sub-20Mourão Panda/América Mineiro

Você consegue descrever a emoção que sentiu ao ver seu nome chamado pelo Ramon? Qual foi a primeira pessoa que veio à sua cabeça ou a quem você dedicou esta convocação?

Minha sensação foi de muita felicidade, foi muita emoção. Tão novo poder fazer parte de algo tão grande, tão relevante como é a Seleção Brasileira. Foi um mix de emoções, senti vontade de chorar, de correr por aí, de gritar, de poder abraçar quem estava na minha frente. Foi uma sensação muito boa.

As pessoas de quem lembrei na hora dessa convocação foram meu pai, minha mãe, minha irmã, meu irmão e meus tios, que sempre estiveram presentes na minha vida. E também o meu avô, que infelizmente não está mais aqui com a gente, mas sempre falou e sonhava com a chegada desse momento.

Você é o primeiro jogador do América desde 1975 convocado para a Seleção principal. Qual o peso do América para esta sua projeção e o quanto este clube significa pra você? 

O América significa muito porque foi um clube que abriu as portas para mim em um momento difícil da minha carreira. Tinha acabado de ser dispensado de um outro time, e eles abriram as portas. O América acreditou no meu trabalho para que eu pudesse realizar este sonho. Poder escrever a minha história neste clube é algo muito especial e gratificante.

Qual é sua primeira lembrança da Seleção Brasileira? Qual jogador mais te inspirou com a Amarelinha? 

Uma lembrança que eu tenho quando se fala de Seleção são os títulos, as Copas do Mundo, Copa das Confederações, Olimpíadas, jogos históricos que a nossa Seleção já fez e grandes jogadores que já vestiram a Amarelinha. E um jogador que me inspirou foi o Cafu, um grande atleta, que escreveu uma história linda na Seleção, mas fora também.

Arthur antes do duelo <mark>com</mark> o Marrocos
Arthur antes do duelo <mark>com</mark> o MarrocosRafael Ribeiro/CBF

O futebol brasileiro tem uma nova geração talentosíssima. Como você encara esta oportunidade, ainda mais no início de um novo ciclo na Seleção? 

Eu encaro esta oportunidade como um crescimento. Todos são jogadores muito novos, mas jogadores com uma Copa do Mundo nas costas, Champions League, Mundial de Clubes. São atletas novos, mas com grande experiência, jogadores mais leves. Vejo isso como uma oportunidade de aprender e poder melhorar cada vez mais.

Arthur celebra a conquista do Sul-Americano Sub-20 pela Seleção
Arthur celebra a conquista do Sul-Americano Sub-20 pela SeleçãoInstagram/Reprodução

O América tem tradição de jovens valores que sempre ajudaram a Seleção, como foi o caso de Gilberto Silva, Richarlison e também de Danilo. Você é mais um membro desta escola. Queria que você falasse especificamente do Danilo. Sonha em seguir os passos dele?

Sonho, sim, em poder trilhar um caminho parecido com o do Danilo. Espero trabalhar para que eu possa fazer melhor ainda, porque ele é um atleta que fez base no mesmo time que eu, foi revelado pelo América e chegou ao mais alto nível do futebol, disputando uma Copa do Mundo, que também é um dos meus sonhos. Eu espero, sim, poder trilhar um caminho parecido com o dele ou até melhor.

E o que você planeja para o futuro? Quais são suas expectativas? Até onde deseja chegar e como essa convocação pode indicar seu caminho?

O futuro que planejo, junto da minha família, é poder um dia jogar em grandes clubes europeus. Todo moleque que joga futebol tem esse sonho de jogar em um campeonato europeu, uma Champions League, um Mundial de Clubes. Poder chegar a uma Copa do Mundo, jogando bem, no seu mais alto nível. E essa convocação indica muito para mim e para o América, porque ela valoriza o trabalho que vem sendo feito há alguns anos e, com certeza, em um momento muito especial. Eu espero aproveitá-la da melhor forma possível para que possa ter outras.