A situação do gramado persiste há algumas semanas, sendo provocada por shows musicais que acontecem no local antes de novas partidas voltarem a acontecer. 

Neste domingo, Atlético-MG e Palmeiras se enfrentaram pela 8ª rodada do Brasileirão, com as condições sendo bastante criticadas por atletas do Atlético, situação que não acontece pela primeira vez. Na última semana, o atacante Paulinho, também do Galo, chegou a afirmar que o gramado estava uma "merda". 

Agora, foi a vez do também atacante Hulk e do lateral-direito Mariano não pouparem críticas.

“Infelizmente, temos que voltar a falar da situação do campo. É horrível, não tem como jogar. Para jogar com o Palmeiras tem que ter intensidade e ritmo, o gramado não ajuda", protesta Mariano. 

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“Poderíamos ter um campo melhor para jogar. Com certeza isso ia ajudar muito as duas equipes. É desgastante. No finalzinho, faltando cinco minutos, eu estava com dor no joelho e tornozelo. Dói tudo. É um campo duro, ruim e irregular. Infelizmente é o que a gente tem”, lamenta Hulk. 

A condição do gramado não deve ter melhorias nos próximos dias. No sábado, às 18h30, o clássico entre Cruzeiro e Atlético vai acontecer no Parque do Sabiá, em Uberlândia, uma vez que o local está reservado para receber um festival de música eletrônica. 

Estádio se posiciona

Procurada pela reportagem do Flashscore, a assessoria de imprensa do Mineirão enviou nota para esclarecer alguns pontos, indicando que a situação do gramado tem boas chances de apresentar significativa melhora no segundo semestre.

"O trabalho de preservação do gramado para shows começa bem antes do evento. O Mineirão recebe todos os projetos, entende quais estruturas serão montadas, o peso delas e quanto tempo o piso de cobertura vai ficar no local. É preciso lembrar que os palcos são montados na grama sintética atrás dos gols, salvo em casos minuciosamente avaliados.

"O piso de proteção é colocado o mais tardiamente possível e retirado assim que o evento termina. Posteriormente, são aplicados produtos de correção, como adubos e fertilizantes, e realizada a descompactação do solo", informou o estádio, que deve seguir com gramado natural, ao contrário de outros palcos do futebol brasileiro, como Arena da Baixada, Allianz Parque e Engenhão. 

"Não é do interesse do Mineirão instalar, neste momento, gramado sintético. O investimento é alto e o custo de manutenção e preservação é semelhante ao gramado natural. O gramado do Mineirão sempre foi uma referência nacional ao longo dos nossos dez anos de operação. Em 2023, em função do planejamento tardio das partidas de futebol, houve um uso muito mais intenso do gramado em jogos e eventos, situação que será normalizada no segundo semestre deste ano", completa.