Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Ministro da Itália nega ser homofóbico após comentários sobre jogador gay

Abodi disse que "não queria ser visto como homofóbico"
Abodi disse que "não queria ser visto como homofóbico" Profimedia
O ministro dos Esportes da Itália, Andrea Abodi, negou nesta terça-feira (11) as acusações de homofobia após a polêmica gerada no país por seus comentários sobre o jogador tcheco Jakub Jankto, declaradamente homossexual.

Em uma entrevista publicada pelo jornal "La Stampa", Abodi disse que "não queria ser visto como homofóbico" depois de ter declarado que "não gostava da ostentação" de Jankto, que está prestes a ser contratado pelo Cagliari, de volta à primeira divisão do Campeonato Italiano na próxima temporada.

Esse comentário, feito durante uma entrevista a uma rádio na segunda-feira, foi interpretado como uma referência ao fato de o jogador ter revelado sua homossexualidade em fevereiro.

Mas Abodi insistiu que falava do que considera uma "ostentação excessiva" entre alguns participantes dos desfiles anuais do Orgulho LGBTQIA+, e não sobre a liberdade das pessoas de expressarem sua orientação sexual.

"Minha resposta tinha a espontaneidade necessária quando você tem que dar uma resposta muito breve, principalmente ao rádio, onde o tempo é curto", declarou o ministro.

"Juntei dois conceitos que deveriam estar separados... a identidade de cada um deve ser respeitada e espero que milhares de outras pessoas consigam sair do armário", acrescentou Abodi.

Jankto será o primeiro jogador abertamente homossexual na Serie A assim que oficializar sua transferência do Getafe da Espanha para o Cagliari.

O jogador tcheco de 27 anos, que faz parte de um grupo de atletas de alto nível que revelou publicamente sua homossexualidade estando ainda em atividade, já atuou na Itália por Udinese, Ascoli e Sampdoria.

Jankto é jogador do Getafe
Jankto é jogador do GetafeProfimedia

Abodi, de 63 anos, é ministro dos Esportes e da Juventude em um governo de direita do partido Irmãos de Itália (FDI), que tem raízes neofascistas.

Militantes dos direitos dos homossexuais denunciam o tratamento dado à comunidade LGBTQIA+ italiana desde que a chefe de Governo e do FDI, Giorgia Meloni, assumiu suas funções em outubro do ano passado, com um programa que promove os valores familiares tradicionais.

Os estádios de futebol na Itália são frequentemente palco de atos de sectarismo e racismo por parte de torcidas organizadas, a maioria delas com opiniões políticas abertamente de extrema-direita.