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Operação Penalidade Máxima investiga suspeita de manipulação na Série A do Brasileiro

Autoridades investigam envolvimento de atletas em manipulação de resultados
Autoridades investigam envolvimento de atletas em manipulação de resultadosPixabay/Divulgação
A Operação Penalidade Máxima avançou nesta terça-feira (18) e ganhou novos desdobramentos. Encabeçada pelo Ministério Público de Goiás, a investigação identificou suspeita de manipulação de resultados em cinco jogos da Série A do ano passado. As partidas onde as irregularidades teriam acontecido ainda não foram divulgadas pelos agentes públicos.

Nesta terça-feira (18), o Ministério Público de Goiás em conjunto com as forças de segurança de outros estados, cumpriu três mandados de prisão preventiva e mais 20 de busca e apreensão. Um dos nomes investigados é o zagueiro Victor Ramos, da Chapecoense, que atuou em parte do Paulistão com a camisa da Portuguesa. O staff do atleta nega qualquer envolvimento em esquema de apostas. 

Outros quatro atletas também são alvos da operação: o lateral-esquerdo Igor Cariús, do Sport, o meia Gabriel Tota, ex-Juventude e atualmente no Ypiranga-RS, o zagueiro Kevin Lomónaco, do Bragantino, e um outro jogador que atua no Rio Grande do Sul. Seu nome, no entanto, não foi revelado. O MP, no entanto, não revelou nenhum nome até o momento. 

Expedidos pela Justiça de Goiás, os mandados da operação desta terça-feira foram cumpridos nas seguintes cidades: Goianira (GO), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE), Pelotas (RS), Santa Maria (RS), Erechim (RS), Chapecó (SC), Tubarão (SC), Bragança Paulista (SP), Guarulhos (SP), Santo André (SP), Santana do Parnaíba (SP), Santos (SP), Taubaté (SP) e Presidente Venceslau (SP).

Além dos jogos da Série A e da Série B do ano passado, o Ministério Público de Goiás apura ainda indícios de manipulação de resultados em jogos dos Campeonato Estaduais de Goiás, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e São Paulo. Todos os episódios em apuração ocorreram na temporada passada. 

Zagueiro Victor Ramos, da Chapecoense, foi alvo de operação
Zagueiro Victor Ramos, da Chapecoense, foi alvo de operaçãoChapecoense/Divulgação

Como funcionava o esquema? 

Os jogadores eram abordados por pessoas que integravam o esquema com ofertas que variavam de R$ 50 mil a R$ 100 mil. Ficava então acertado que os atletas manipulariam certos mercados, como número de cartões, escanteios, faltas e até mesmo atuar em prol da derrota do seu próprio time. Com o esquema, os apostadores obtinham lucros em várias casas de apostas ou por meio de laranjas. 

Veja a nota do MP-GO sobre a investigação:

"O Ministério Público de Goiás (MPGO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI), deflagrou na manhã de hoje (18/04) a Operação Penalidade Máxima II, visando a obtenção de novos vestígios da atuação de organização criminosa com atuação especializada na manipulação de resultados esportivos de jogos de futebol profissional - inclusive do Brasileirão Série A.

Há suspeitas de que o grupo criminoso tenha concretamente atuado em pelo menos 5 jogos da Série A do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2022, bem como em 5 partidas de Campeonatos Estaduais, entre eles, os campeonatos Goiano, Gaúcho, Mato-Grossense e Paulista, todos deste ano. 

Estão sendo cumpridos 3 mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão em 16 municípios de 6 estados, expedidos pela 2ª Vara Estadual dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e Lavagem ou Ocultação de Bens Direitos e Valores.

Os mandados estão sendo cumpridos em Goianira (GO), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE), Pelotas (RS), Santa Maria (RS), Erechim (RS), Chapecó (SC), Tubarão (SC), Bragança Paulista (SP), Guarulhos (SP), Santo André (SP), Santana do Parnaíba (SP), Santos (SP), Taubaté (SP) e Presidente Venceslau (SP).

Os Gaecos dos estados de Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, o Cyber Gaeco do MP de São Paulo e do Centro de Inteligência do MP do Rio de Janeiro, além das polícias Militar, Civil e Penal de Goiás, dão apoio ao cumprimento das diligências.

Trata-se de desdobramento da Operação Penalidade Máxima, deflagrada em fevereiro de 2023 a qual resultou no oferecimento de denúncia, já recebida pelo Poder Judiciário, com imputação dos crimes de integrar organização criminosa e corrupção em âmbito desportivo."