Palmeiras arranca virada histórica contra o Botafogo e entra de vez na luta pelo título
Além do zagueiro, Endrick (2) e Flaco López marcaram para o Palmeiras. Eduardo, Tchê Tchê e Júnior Santos haviam colocado o Botafogo em vantagem na primeira etapa. O segundo tempo ainda teve uma expulsão polêmica de Adryelson e um pênalti de Tiquinho Soares defendido por Weverton.
O resultado manteve o Verdão na vice-liderança, agora a apenas três pontos do Alvinegro (59 a 56). O líder tem um jogo a menos, contra o Fortaleza, fora, marcado para 23 de novembro. Apesar da distância, o Botafogo ainda está garantido na ponta por outra rodada, já que possui duas vitórias a mais.
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Embalado pela virada histórica e pelos quatro triunfos seguidos, o Palmeiras volta a campo no sábado (4). O time de Abel Ferreira recebe o Athletico-PR na Arena Barueri, às 21h30. Já o Botafogo vai buscar a recuperação no clássico contra o Vasco em São Januário, na segunda-feira (6), às 19h.
Virada épica
O Palmeiras foi para o intervalo com a sensação de jogo — e campeonato — perdido. Completamente dominado pelo Botafogo no primeiro tempo, o time não esboçava reação. Mas Endrick tinha outros planos. Com uma atuação de gala na etapa final, o jovem de 17 anos comandou uma das grandes viradas da história do clube.
Logo aos quatro minutos, Endrick recebeu na intermediária, passou por três e bateu cruzado para fazer um golaço. Ele rapidamente buscou a bola e incentivou os companheiros. Após Adryelson ser expulso e Tiquinho Soares perder pênalti, o jovem voltou a aparecer. Em sobra na entrada da área, aos 39, Endrick fintou Di Plácido, bateu no canto e fez o segundo.
O gol e a vantagem numérica encheram o Palmeiras de confiança. Com mais uma participação de Endrick, aos 44, Gustavo Gómez recebeu cruzamento do atacante e ajeitou de cabeça para Flaco López empatar. Enquanto a torcida do Botafogo não acreditava no que via, o Verdão foi com tudo em busca da virada. E ela veio no último lance, aos 54, quando Murilo subiu sozinho após falta de Raphael Veiga e decretou o 4 a 3.
Botafogo reclama de expulsão
O cartão vermelho para Adryelson foi um dos lances cruciais para a virada do Palmeiras. Aos 28 minutos, o zagueiro chegou atrasado em uma disputa com Breno Lopes e derrubou o atacante. O árbitro Bráulio da Silva Machado não havia dado cartão, mas, após consulta ao VAR, expulsou Adryelson por interpretar que ele impediu uma chance clara de gol.
O lance gerou revolta da torcida e dos jogadores alvinegros. Ao sair de campo, Adryelson deu um bico em um microfone à beira do gramado. O Botafogo ainda teve um pênalti a seu favor logo depois, mas Weverton defendeu a cobrança de Tiquinho Soares e manteve a esperança do Palmeiras.
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Atropelo do Botafogo no 1º tempo
Antes do drama na etapa final, a noite era dos sonhos para o Botafogo. Sem dar chance ao Palmeiras, o time de Lúcio Flávio sufocou desde o início e abriu 3 a 0 com merecimento.
Eduardo abriu o placar aos 21, em finalização desviada na defesa. Tchê Tchê ampliou aos 30, com um chutaço de fora da área. Aos 36, Júnior Santos fez grande jogada e pegou rebote de Weverton para fazer o terceiro. O Glorioso poderia ter construído uma vantagem ainda maior, que acabou fazendo falta no segundo tempo.