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"Tolerância Zero": Abel puxa lista e Brasileirão começa com 21 amarelos por reclamação

Abel Ferreira foi punido pela arbitragem na vitória do Palmeiras sobre o Cuiabá
Abel Ferreira foi punido pela arbitragem na vitória do Palmeiras sobre o CuiabáProfimedia
A nova lei de tolerância zero implementada pela CBF em relação ao comportamento e reclamações de jogadores e membros da comissão técnica às equipes de arbitragem provocou uma enxurrada de cartões na primeira rodada do Brasileirão desta temporada. Foram 21 cartões aplicados pelos árbitros em função de reclamações consideradas acintosas.

É perceptível que ao longo dos anos, a CBF vem aumentando o rigor em relação ao tema. Em 2020, quatro amarelos foram aplicados por reclamações na primeira rodada do Brasileirão. O número em 2021 foi para 12. Na temporada passada, a curva foi mais acentuada, chegando a 18 amarelos.

Confira a tabela do Brasileirão 2023 no Flashscore

A aplicação de cartões a membros das comissões técnicas dos clubes foi implementada pela CBF em 2019. De acordo com perfil "Espião Estatístico", de 2019 a 2022, 1.408 cartões foram aplicados em função de reclamações, uma média de 0,93% por jogo. Só na primeira rodada desta temporada, a porcentagem de amarelos dados por esse motivo foi 123% maior do que os registros dos últimos anos. 

O português Abel Ferreira, do Palmeiras, é um dos campeões quando o assunto é ser punido por reclamações e começou o Brasileirão com "100%" de aproveitamento. Levou um amarelo e depois foi expulso na vitória sobre o Cuiabá por 2 a 1, no último sábado (15). Após a partida, ele reclamou do rigor da arbitragem. 

"Hoje estou triste, triste mesmo. Uma parte do meu coração está feliz porque ganhamos um jogo difícil. Mas estou triste... Pá, estou triste. Eu gosto de ver o futebol, sou intenso quando estou dentro das quatro linhas, intenso no jogo. Talvez seja essa tolerância zero, que ainda não estou adaptado. Mas estou triste", disse Abel.

"Acho que meus jogadores não mereciam ficar sem o treinador no banco. Eles sabem o quanto me esforço para os ajudar. Foi tudo muito confuso. Eu não queria ser expulso, tinha um objetivo meu. Fui expulso na Supercopa, levei dois amarelos até agora, mas não adianta. Não estava nos meus planos ser expulso hoje. Não sei se trabalho que estou fazendo é suficiente, se é a tolerância zero, se o meu português não está claro... Não sei, não sei", concluiu o comandante português, reforçando sua indignação com a nova determinação. 

Abel Ferreira, inclusive, é o líder de cartões por reclamação desde 2019. O comandante português do Palmeiras já acumula 21 cartões neste período. Jorge Sampaoli, de volta ao futebol brasileiro agora no comando do Flamengo, aparece em segundo, com 19, seguido por Fernando Diniz, do Fluminense, com 18. 

O que é a regra de "Tolerância Zero" implementada pela CBF?

O Brasileirão 2023 prevê “tolerância zero” contra reclamações de atletas e comissões técnicas, principalmente durante lances em revisão no VAR.  A ordem é que o árbitro mostre cartão amarelo caso algum jogador se aproxime dele para reclamar enquanto há revisão da jogada.

O mesmo será aplicado se o árbitro estiver ao monitor revendo o lance e aparecer alguém reclamando perto dele. A comissão de arbitragem não quer os árbitros inibidos, caso seja preciso expulsar algum jogador ou membro de comissão técnica por reclamação reiterada.

Os árbitros irão informar as decisões à beira do campo, algo que já aconteceu no Mundial de Clubes da Fifa. A informação sairá nos sistemas de som dos estádios e na transmissão.