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Vasco rebate Fluminense e vai seguir brigando para mandar jogos no Maracanã

Daniel Ottoni
Luiz Mello, CEO do Vasco (à direita)
Luiz Mello, CEO do Vasco (à direita)Daniel Ramalho/Vasco
Um dia depois do presidente Mário Bittencourt, do Fluminense, dar entrevista acusando o Vasco de falta de respeito por usar o Maracanã quando tem o estádio de São Januário disponível, o CEO do clube cruz-maltino, Luiz Mello, também concedeu entrevista ao Sportv para se manifestar sobre o assunto.

O principal tópico se refere ao gramado. Bittencourt indicou que boa parte da responsabilidade da condição ruim do gramado vem do Vasco, mesmo após os seguidos jogos de Flamengo e Fluminense no local.

"Falar que o Vasco destroçou o gramado não faz sentido. O gramado já estava se deteriorando. É a mesma coisa dizer que eu tomei nove cervejas e a 10ª me impacta. Existe uma sequência lógica que impacta o gramado. Falar que a culpa do Vasco é uma mentira", defende. 

Além disso, Mello reclama do Vasco não ter recebido retorno para fazer parte da administração do estádio que, atualmente, é de Flamengo e Fluminense. Em decisão divulgada nesta  quarta-feira, a desembargadora Lídia de Moraes não aceitou o pedido do Vasco para suspender o Termo de Permissão de Uso do Maracanã para Flamengo e Fluminense. O novo acordo vale por mais 180 dias e passa a ser válido a partir desta quarta até outubro de 2023. O clube pode recorrer. 

"O que fizeram é uma vergonha. Desde outubro, o Vasco avisa que quer participar, traz parceiros importantes para administrar o estádio, e não tem resposta. Nós já ganhamos três vezes na Justiça para jogar no Maracanã, mas não queremos ficar fazendo isso. Procuramos o Rodolfo Landim, o Mário Bittencourt, e não temos resposta", declarou. 

Para o dirigente do Vasco, o caminho para o acerto entre as partes passa pelo diálogo. "A gente como dirigente tem que ter cuidado e conversar de maneira profissional e amistosa, cada jogo que tiver vai complicar nossa convivência. É importante conversar. Usar como justificativa que há 10 anos o Vasco não quis participar da licitação não faz sentido. Uma vergonha o que o Governo fez. Se tivermos que ir até as últimas consequências, o Vasco vai brigar pela sua torcida", reforça. 

Na marra

O último jogo do Vasco, no domingo, contra o Palmeiras, teve sua definição de local como o Maracanã após uma decisão judicial. A partida no maior estádio do Estado incomodou o presidente do Fluminense, que lembrou que Flamengo e Fluminense serão prejudicados nos próximos jogos que fizeram no Maracanã.

Bittencourt afirmou que a escolha do Vasco em jogar no Maracanã contra o Palmeiras se deu pelo fato de ser um jogo contra um time de maior expressão, com a decisão da diretoria alvinegra não sendo a mesma para o confronto da próxima segunda-feira, contra o Bahia, que será em São Januário.

"Tenho certeza que se o jogo contra o Bahia fosse no Maracanã, a torcida ia comparecer. A torcida do Vasco comparece, isso é histórico. A torcida é atuante e tem que ser respeitada", sugere. 

Mello deixou claro que, enquanto o Vasco tiver o direito de jogar no Maracanã, o clube vai exercer este poder. "O Vasco já está avisando que vai pedir para jogar contra o Santos no Maracanã. Como o Maracanã é um bem público, o Vasco tem direito de jogar nele.

"E a gente vai sempre brigar por isso.  E se não houver problema, a gente joga mais 16 partidas", garante. "Como a torcida do Vasco diz: São Januário é meu, o Maracanã é nosso", completou.