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Hélio dos Anjos critica técnicos "modernos" e analisa Diniz na Seleção

Mateus Figueiredo
Hélio dos Anjos está há quase 40 anos no mercado do futebol brasileiro
Hélio dos Anjos está há quase 40 anos no mercado do futebol brasileiroJorge Luís Totti/Paysandu
Hélio dos Anjos, treinador do Paysandu, declarou ao Flashscore Podcast que os técnicos estão "perdendo prestígio" pela abordagem dos novos profissionais. O comandante do clube paraense participou do episódio que foi ao ar na última terça-feira (17).

Com quase 40 anos de experiência, Hélio dos Anjos criticou a forma de trabalho dos novos treinadores. Segundo o veterano, a condução feita pelos jovens está tirando a importância do cargo.

"Não abro mão da minha condução de vestiário, eu não abro mão de ser o comando. O problema da modernidade é esse. Estão tendo muitos companheiros que não assumem a responsabilidade. Quem fala com o grupo é o analista, quem apresenta o vídeo é o auxiliar. No fundo, nós estamos perdendo prestígio. Os treinadores estão ficando sem importância", opinou o técnico.

Hélio também compartilhou como foi o seu mais novo feito, o acesso do Paysandu à Série B, após cinco anos do clube na Série C do Brasileirão. 

"Eu tenho orgulho de saber que eu fiz um trabalho no Paysandu. Mas eu tenho orgulho também de saber que o meu preço não é de Série C. Quando eu fui contratado pelo Paysandu, eles sabiam que eu não saio de casa por menos disso. Porque as exigências serão imensas", emendou.

Dono de muitas passagens por clubes no Brasil, Hélio dos Anjos também tem experiência em seleção: treinou a Arábia Saudita entre 2007 e 2008. O técnico mineiro disse que apoia o trabalho de Diniz na Seleção Brasileira, mas sugeriu outro nome. 

Hélio dos Anjos comandou o Paysandu rumo à Série B em 2023
Hélio dos Anjos comandou o Paysandu rumo à Série B em 2023Jorge Luís Totti/Paysandu

"Nós treinadores brasileiros temos que dar apoio para qualquer técnico que assuma a Seleção Brasileira. É nossa obrigação. Então o Diniz tem o meu apoio sempre. Gostando ou não da característica de jogo dele. Eu acho que do Tite para o Diniz a mudança é muito radical", iniciou.

"Eu acho que nós sentiríamos menos, em termos de adaptação e modelo de jogo, se fosse o Dorival Júnior. Ele teria um leque maior de alternativas táticas", completou.

Confira abaixo o episódio completo do Flashscore Podcast: