Geração de ouro do Fla ganha título que faltava e supera time de Zico

A Copa do Brasil era o único torneio doméstico que faltava à galeria de troféus construída pelo Flamengo nos últimos quatro anos. Desde a chegada dos grandes reforços, o rubro-negro conquistou o tricampeonato carioca (2019 a 2021), o bicampeonato da Copa Libertadores (2019 e 2022), o bicampeonato brasileiro (2019 e 2020), o bicampeonato da Supercopa do Brasil (2020 e 2021) e a Recopa Sul-Americana (2020), além da taça levantada contra o Corinthians.

Após equacionar as dívidas do clube e aumentar gradativamente os investimentos no futebol, foi justamente em 2019 que o Flamengo intensificou a contratação de jogadores de destaque. 

Naquele ano, dos que ainda permanecem na Gávea, chegaram Rodrigo Caio, Bruno Henrique (atualmente lesionados), Filipe Luís, Arrascaeta e Gabigol. Outras peças essenciais, como Rafinha, Pablo Marí e Gerson, também foram contratadas em 2019, mas já se despediram do clube. Todos esses se juntaram a figuras importantes da trajetória vitoriosa que já estavam no elenco rubro-negro, como Diego Alves e o próprio Everton Ribeiro, desde 2017, e Diego Ribas, desde 2016.

Com todos os títulos possíveis em território nacional já alcançados, resta à geração de Gabigol e cia uma última barreira: o Mundial de Clubes. Embora a FIFA ainda não tenha confirmado a data, a competição intercontinental deve ocorrer em fevereiro de 2023, quando o Fla terá uma nova chance no torneio.

O Mundial Interclubes de 1981, conquistado pela geração de Zico, é até hoje a maior conquista da história rubro-negra. Além do camisa 10, o timaço que goleou o Liverpool por 3 a 0 em Tóquio tinha craques como Leandro, Júnior, Andrade e Adílio. O centroavante Nunes, conhecido como “artilheiro das decisões”, marcou dois gols na final — o outro foi de Adílio.

A primeira geração de ouro do Flamengo teve sua primeira glória no Campeonato Carioca de 1978, marcada pelo gol inesquecível de Rondinelli contra o Vasco. Embora nem todos da equipe de 1981 estivessem presentes, uma espinha dorsal com Júnior, Adílio e Zico já estava formada. 

A partir daí, o rubro-negro conquistou, além do Mundial, outros três Cariocas (1979, edição especial de 1979 e 1981), três Brasileiros (1980, 1982 e 1983) e uma Libertadores (1981). Vale lembrar que a Copa do Brasil foi criada apenas em 1989, portanto não existia na época.