Brasil faz história e conquista bronze por equipes na ginástica artística feminina
A conquista muda o patamar da ginástica brasileira, já que nenhum país do hemisfério sul havia subido ao pódio nesta prova até hoje. O bronze em Paris confirma o bom momento coletivo da modalidade, algo que já estava ensaiado desde a prata no último Mundial de Ginástica Artística.
Rebeca Andrade conquistou assim a sua terceira medalha olímpica, ao lado do ouro no salto e da prata no individual geral em Tóquio 2020. Jade Barbosa, Flávia Saraiva, Júlia Soares e Lorraine Oliveira sobem ao pódio dos Jogos OIímpicos pela primeira vez na carreira.
Drama e glória em Paris
O roteiro da primeira medalha por equipes do Brasil foi dramático. Ainda no aquecimento, Flávia Saraiva se machucou no seu treino de barras paralelas. A ginasta brasileira precisou fazer um curativo no supercílio para iniciar a competição.
A primeira rotação foi nas barras e o Brasil passou sem sustos. Porém, não se pode dizer o mesmo das apresentações na trave. Júlia Soares teve uma queda no aparelho, o que gerou um grande desconto. Rebeca e Flávia também tiveram desequilíbrios, e a Seleção Brasileira foi em desvantagem para as últimas duas rotações.
As performances de Júlia Soares, Flávia Saraiva e Rebeca Andrade no solo foram sólidas e deixaram o Brasil no páreo. A última passagem foi no salto, onde Rebeca tirou da cartola um incrível 15.100 e deixou a equipe em condições de ultrapassar a Grã-Bretanha. A diferença entre os dois times foi de 0.234.