Em coletiva após encontro com o presidente da FIFA Gianni Infantino, Widodo prometeu "transformar completamente" o esporte na nação fanática por futebol.
"O estádio Kanjuruhan em Malang, nós o demoliremos e reconstruiremos de acordo com os padrões da FIFA", disse o presidente.
O corre-corre que ocorreu após um jogo da liga indonésia em 1º de outubro foi atribuída à polícia que disparou gás lacrimogêneo no estádio, uma medida de controle de multidão proibida pela FIFA.
Widodo disse ter concordado com Infantino sobre mudanças significativas na forma como o esporte é administrado na Indonésia.
"Concordamos em transformar completamente o futebol indonésio", disse ele, sublinhando que o jogo precisa ser “baseado nos padrões da FIFA".
O encontro entre Widodo e Infantino acontece após governo e FIFA concordarem em formar uma força-tarefa conjunta após a tragédia, e enquanto o país se prepara para sediar a Copa do Mundo Sub-20 no próximo ano.
Infantino acrescentou que a primeira prioridade da FIFA era garantir a segurança tanto dos jogadores quanto dos torcedores na nação do sudeste asiático.
"Este é um país de futebol, um país onde o futebol é uma paixão para mais de 100 milhões de pessoas", disse ele. "Devemos a eles que, ao assistir uma partida, estejam a salvo e seguros".
Infantino anunciou também que a FIFA trabalharia em estreita colaboração com a Indonésia para garantir que todos os estádios atendessem aos requisitos de segurança, e que o mundial Sub-20 funcionaria sem problemas no próximo ano.
Sob pressão para explicar o que causou um dos desastres mais mortais do futebol mundial, uma equipe de investigação formada pelo governo divulgou relatório na semana passada que concluiu que o uso "excessivo" e "indiscriminado" de gás lacrimogêneo foi a principal causa do tumulto.
Ao tentar fugir do estádio, os torcedores do Arema FC ficaram presos e esmagados, fazendo com que muitos, inclusive mais de 40 menores, morressem por asfixia.
O relatório também identificou outros fatores que contribuíram para a tragédia, incluindo o estádio lotado além da capacidade, portas de saída trancadas, além de uma pressão da liga para que o jogo fosse noturno para garantir melhor audiência na TV, apesar de um pedido da polícia para realizar a partida entre times rivais durante o dia.
A equipe de investigação também revelou que mais de três horas de filmagens das câmeras de rua tinham sido apagadas.
A força-tarefa também exigiu a demissão do chefe da Associação de Futebol da Indonésia.