Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Jogadores de futebol têm maior risco de demência, diz estudo sueco

AFP
Cabeceios se configuram como risco ao cerébro
Cabeceios se configuram como risco ao cerébroPixabay/Pexels/Divulgação
Jogadores de futebol de alto nível, com exceção dos goleiros, têm um risco maior de desenvolver demência do que a população em geral, de acordo com um estudo sueco publicado nesta quinta-feira (16).

Um grupo de especialistas acredita que este estudo fornece "evidências convincentes" da relação entre o esporte mais popular do mundo e o aumento do risco de problemas cerebrais degenerativos.

Esta relação havia sido descoberta com a morte em 2020 de Nobby Stiles, campeão mundial em 1966 com a Inglaterra e que sofria de demência, e com outros casos registados em outras modalidades como rugby, futebol americano e hóquei, onde golpes na cabeça são frequentes.

O estudo publicado pela revista científica The Lancet Public Health analisou os laudos médicos de mais de 6 mil jogadores de futebol no campeonato sueco da primeira divisão entre 1924 e 2019.

Em seguida, os especialistas compararam a taxa de pessoas afetadas por problemas cerebrais degenerativos com a de uma amostra de 56.000 suecos.

Os jogadores de futebol tiveram um risco 1,5 vezes maior de sofrer de doenças como Alzheimer e outras formas de demência.

Os goleiros são exceção neste estudo, pois não sofrem tantos golpes na cabeça quanto os jogadores de linha.

"Esta pesquisa confirma a hipótese de que o jogo de cabeça explica essa relação" entre futebol e doenças cerebrais, disse à AFP o principal autor do estudo, Peter Ueda, do Karolinska Institutet.

Trata-se do maior estudo realizado sobre este problema desde outro realizado na Escócia em 2019 e que concluiu que os futebolistas tinham 3,5 mais probabilidades de sofrer problemas neurodegenerativos.