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"Jogadores do Irã sentiram pressão dos protestos", diz técnico Queiroz

AFP
Irã perdeu para a Inglaterra por 6 a 2 nesta segunda-feira (21)
Irã perdeu para a Inglaterra por 6 a 2 nesta segunda-feira (21)Profimedia
Carlos Queiroz admitiu que os jogadores do Irã estão sentindo a pressão dos protestos na república islâmica depois de sofrerem uma pesada derrota por 6 a 2 para a Inglaterra, na estreia da Copa do Mundo, nesta segunda-feira (21).

O time de Queiroz optou por não cantar o hino nacional no Khalifa Stadium, em Doha, em aparente apoio aos manifestantes antigovernamentais no Irã. Liderados pelo capitão Alireza Jahanbakhsh, os jogadores iranianos ficaram em silêncio durante o pré-jogo.

Jahanbakhsh havia dito que a equipe decidiria sobre cantar ou não o hino em solidariedade aos protestos em todo o país, desencadeados pela morte de Mahsa Amini, de 22 anos, sob custódia policial em 16 de setembro.

Amini, uma iraniana de origem curda, morreu três dias depois de sua prisão em Teerã por uma suposta violação do código de vestimenta da república islâmica para mulheres.

Falando depois que seu time foi derrotado pela Inglaterra, o técnico do Irã, Queiroz, deixou claro que a agitação política afetou o time.

"Não é certo vir a esta Copa do Mundo e pedir que eles façam coisas que não são de sua responsabilidade. Eles querem trazer orgulho e alegria para o povo", disse Queiroz a repórteres.

Veja a tabela completa da Copa do Mundo

"Você nem imagina nos bastidores o que esses meninos têm vivido nos últimos dias, só porque querem se expressar como jogadores de futebol. Claro que temos sentimentos e crenças e, no momento certo, vamos expressá-los", finalizou o técnico do Irã.