Jogo de Messi no Japão desperta fúria em Hong Kong
Dias antes, em Hong Kong, Messi ficou no banco no amistoso contra uma seleção local, em uma partida muito esperada pelos fãs chineses e com estádio lotado.
O técnico do Inter Miami, Gerardo "Tata" Martino, disse que o craque estava lesionado, mas ele entrou em campo aos 15 minutos do segundo tempo contra o Vissel Kobe, nesta quarta-feira.
"O jogo em Hong Kong se tornou o único dos seis amistosos de pré-temporada de Messi nesta viagem em que ele esteve ausente", afirmou o jornal chinês estatal Global Times, colocando em dúvida "a integridade do Inter Miami e do próprio Messi".
Alguns torcedores do continente viajaram 12 horas de Xinjiang a Hong Kong para ver o astro, escreveu o Global Times. "O impacto desse incidente ultrapassou em muito o âmbito do esporte", acrescentou.
Messi se desculpou com seus fãs chineses na rede social chinesa Weibo pouco antes do jogo no Japão, dizendo que foi uma não ter jogado em Hong Kong devido a uma lesão.
"Qualquer um que me conhece sabe que eu sempre quero jogar. Especialmente nesses jogos em que viajamos para tão longe e as pessoas ficam animadas para ver nossos jogos. Espero que possamos voltar e jogar uma partida em Hong Kong", escreveu ele em chinês e espanhol.
O amistoso em Hong Kong atraiu 40 mil torcedores, com espectadores pagando até quase 640 dólares por ingresso.
Já em Tóquio, setores inteiros de assentos no Estádio Nacional do Japão permaneceram desocupados, com apenas 28.614 ingressos vendidos.
O governo de Hong Kong disse em um comunicado que, assim como os torcedores, estava "muito decepcionado".
"O governo espera que os organizadores e as equipes possam fornecer explicações razoáveis", pediu a Secretaria de Esportes da ilha.
A conselheira sênior do governo Regina Ip escreveu no X que "o povo de Hong Kong odeia Messi, o Inter Miami e a mão negra por trás deles, pelo desprezo deliberado e calculado a Hong Kong".