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Jogos da Série B estão sob investigação por envolvimento com apostadores

Daniel Ottoni
Ex-jogador do Vila, Romário é um dos alvos da investigação
Ex-jogador do Vila, Romário é um dos alvos da investigação Roberto Corrêa/Vila Nova
Três jogos da rodada final da Série B de 2022 estão sob investigação do Ministério Público de Goiás. Com o nome de “Penalidade Máxima”, a operação investiga esquema de um grupo envolvido na manipulação de resultados. Um empresário está preso temporariamente, em São Paulo. Ele é suspeito de ser responsável pelas apostas e de intermediar contatos com jogadores, que deveriam estar envolvidos em lances das apostas realizadas. Existe a possibilidade de que partidas de 2023 estejam envolvidas nos esquemas de manipulação.

Os envolvidos podem ser enquadrados nos crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção em âmbito esportivo. O denunciante do caso foi o Vila Nova (GO),  que tem seu ex-jogador Romário como um dos alvos. O presidente Hugo Jorge Bravo tomou conhecido do caso por pessoas de fora e buscou as primeiras informações, antes de acionar o MP. 

Outros três jogadores estão envolvidos: o lateral Matheusinho, que jogava no Sampaio Corrêa e atualmente está no Cuiabá é um deles. Segundo o jornal "O Popular", o zagueiro Joseph, do Tombense, também é um dos investigados. O volante Gabriel Domingos, do Vila Nova, pode fazer parte do contexto. Ele teria emprestado a conta bancária para Romário receber o adiantamento do esquema. 

O esquema era para que apostadores acertassem a marcação de pênaltis, no primeiro tempo, na última rodada da Série B de 2022. Os jogos investigados são Vila Nova x Sport, Criciúma x Tombense e Sampaio Corrêa x Londrina.

Insucesso e cobrança

A aposta só não foi bem sucedida porque, em Vila Nova x Sport, não houve a marcação do pênalti. Neste jogo, Romário não foi relacionado. Ele tentou convencer alguns companheiros, sem sucesso. O jogador teria recebido R$ 10 mil adiantados de um valor total de R$ 150 mil. Por "indisciplina grave", o clube rescindiu o contrato com o atleta ao final do ano passado. 

O prejuízo aos apostadores é estimado em R$ 2 milhões, com o jogador tendo sido cobrado pelos apostadores. "A manipulação consistia em cometer pênaltis sempre no primeiro tempo dos jogos de forma a garantir um elevado ganho financeiro para os apostadores e também para atletas direta ou indiretamente envolvidos.

"Acontece que, para a aposta dar certo, era necessário que os pênaltis ocorressem nos três jogos. Em dois jogos, os pênaltis aconteceram. No caso do jogo do Vila Nova, que é a vítima e denunciante do caso, o pênalti não aconteceu. Isso gerou prejuízo para os apostadores", afirma Fernando Martins Cesconetto, promotor de Justiça do Ministério Público de Goiás.

Os clubes negam qualquer tipo de envolvimento e as investigações ainda serão aprofundadas.