Apesar de as ofensas serem "desagradáveis, inapropriadas e desrespeitosas", foram proferidas em "um jogo de futebol de máxima rivalidade, junto com outras alusões pejorativas marcadas por essa competição esportiva", explicou a Promotoria Provincial de Madri em um comunicado.
"Os cânticos não voltaram a acontecer mais do que em duas ocasiões e (...) duraram alguns segundos", acrescentou a promotoria, que afirmou que em consequência "não existe um ato concreto para imputar a uma determinada pessoa".
As pessoas que cantaram "não puderam ser identificadas", continuou.
Por tudo isso, a Promotoria decidiu pelo "arquivamento da denúncia apresentada" pela associação espanhola Movimento contra a Intolerância após o jogo do dia 18 de setembro, no qual o Real Madrid venceu o Atlético de Madrid por 2 a 1.
Segundo a denúncia, um grupo de torcedores do Atlético cantou "é um macaco, Vinícius é um macaco".
Depois do ocorrido, os dirigentes do clube 'colchonero' mantiveram silêncio até que o presidente do Governo da Espanha, Pedro Sánchez, pediu dois dias depois do jogo reações contra o racismo.
"Espero uma forte mensagem dos clubes contra este tipo de comportamento", afirmou Sánchez na ocasião, após se declarar "um grande torcedor do Atlético de Madrid".
Horas mais tarde, o clube condenou os "cânticos inadmissíveis" proferidos por uma "minoria de torcedores". "Não vamos permitir que nenhum indivíduo se esconda sob nossas cores para proferir insultos de caráter racista ou xenofóbico", explicou a diretoria 'colchonera' em comunicado.