“O acidente ocorreu por volta das 23h, horário local, 19h (horário de Brasília)”, disse a polícia. Indicou que o veículo transportava três pessoas e duas morreram no local do acidente, enquanto a terceira foi levada ao hospital. “Os dois (falecidos) são Kiptum e o seu treinador”, disse Peter Mulinge, comandante da polícia do condado de Elegeyo Marakwet, no oeste do Quénia.
"Era Kiptum quem dirigia em direção a Eldoret quando perdeu o controle (...) matando dois ocupantes no local. Uma passageira ficou ferida e foi levada às pressas para o hospital", acrescentou Mulinge.
Kiptum estabeleceu o recorde mundial (2 horas e 35 segundos) na maratona de Chicago em outubro passado e estava em fase de preparação para os Jogos Olímpicos de Paris. Essa marca de Kiptum foi a terceira vez que foi estabelecido como recorde mundial masculino em Chicago, e a primeira desde 1999, quando o marroquino Khalid Khannouchi o fez. Kiptum também venceu outras duas maratonas importantes, na estreia em Valência em 2022 e no ano seguinte em Londres.
"Atleta incrível"
Sebastian Coe, presidente da World Athletics, disse que ficou “chocado e triste ao saber desta perda devastadora”.
“Em nome da World Athletics, enviamos as nossas mais sinceras condolências às suas famílias, amigos, colegas e ao Quénia”, disse Coe num comunicado. Um atleta incrível deixa um legado incrível, sua falta será muito sentida.”
O bicampeão olímpico queniano dos 800m, David Rudixha, classificou a morte de Kiptum de "uma grande perda". O Athletics Kenya enviou as suas condolências “a toda a comunidade atlética neste momento difícil”.
A morte prematura de Kiptum lembra a de outro grande maratonista queniano, Samuel Wanjiru, que também perdeu a vida aos 24 anos. Wanjiru, campeão olímpico em 2008 em Pequim, morreu em 2011 após cair de uma varanda. O recorde mundial anterior de distância máxima era do queniano Eliud Kipchoge, 34 segundos a mais que Kiptum.