Klinsmann balança no cargo após 7 meses e nenhuma vitória com a Coreia do Sul
O treinador alemão assumiu a seleção sul-coreana em fevereiro, e nos cinco jogos que disputou até aqui, perdeu dois e empatou três.
A última decepção foi um empate monótono em 0 a 0 com o País de Gales, na semana passada.
O capitão Son Heung-min defendeu Klinsmann após a partida em Cardiff: "Entendo o ponto de vista dos torcedores, pois sou alguém que está na seleção há muito tempo. Não estou dizendo que o técnico está sempre certo, mas também não acho que os torcedores estejam sempre certos".
Após uma curta passagem pelo Hertha Berlin há mais de três anos, Klinsmann começou sua jornada com a Coreia com um 2 a 2 em casa contra a Colômbia, e depois perdeu para o Uruguai e o Peru.
Depois seu time ficou no 1 a 1 contra El Salvador em Seul, antes do empate com o País de Gales.
Apesar de contar com Son, craque do Tottenham, a Coreia do Sul deu apenas um chute a gol contra Gales, time que ocupa a 35ª posição no ranking da FIFA.
Negligente?
O ex-capitão e ex-técnico da Alemanha tem irritado os torcedores também fora de campo.
A imprensa sul-coreana e muitos torcedores o acusam de ter desistido
de se mudar para o país, dizendo que ele passa mais tempo em sua casa na Califórnia do que na Coreia do Sul.
Klinsmann também continua trabalhando em alguns veículos de mídia, o que é apontado pelos críticos como mais uma prova de que ele não está comprometido o suficiente com o trabalho.
"Considerando sua pouca familiaridade com os jogadores coreanos, ele deveria pelo menos assistir a todos os jogos da K League pessoalmente, em vez de ser 'informado' por outros técnicos enquanto está no exterior", alfinetou Choi Dong-ho, comentarista esportivo local e diretor do grupo de pesquisa Center for Sports Culture.
Perder da Arábia Saudita (54º do ranking) pode deixar Klinsmann ameaçado de demissão após menos de sete meses no comando do time.
"A aparente falta de urgência de Klinsmann diante do fraco desempenho não agradou aos torcedores sul-coreanos, muitos dos quais já começaram a pedir a cabeça do técnico alemão", disse a agência de notícias coreana Yonhap nesta segunda-feira (11).
Klinsmann insiste que a equipe está em transição e que seu foco está na Copa da Ásia, que será realizada no Catar em janeiro e fevereiro.
"Até que ponto eles estão mentalmente preparados para um grande torneio? Será que eles conseguem lidar com toda a pressão, todas as expectativas e todos esses elementos diferentes?" perguntou o alemão após o empate com o País de Gales.
"É um processo de crescimento", acrescentou.
"E estou satisfeito com o que os jogadores mostraram, e continuaremos crescendo jogo a jogo", concluiu.