Após dar a entender várias vezes de que iria se aposentar, o jogador de 29 anos disse ao programa australiano Code Sports, na segunda-feira (14), que vai retornar ao tour profissional em dezembro, antes de tentar jogar o Australian Open em janeiro.
"Vou voltar porque há algo que me mantém na zona do tênis", disse ele. "Derrotei praticamente todo mundo que enfrentei, cheguei à final de um Grand Slam, ganhei um título de duplas num Grand Slam, ganhei dinheiro e vários títulos", continuou.
"Acho que a única coisa que agora é o meu objetivo é um Grand Slam. Penso que essa será a única coisa que calará a boca das pessoas no final das contas. Essa será a minha grande motivação", completou.
O ex-número 13 do mundo disputou apenas um jogo de singles no ATP Tour em dois anos, depois de ter lesionado o joelho, o pé e o pulso.
Kyrgios chegou à sua única final de major em Wimbledon em 2022, perdendo em quatro sets para Novak Djokovic.
Com temperamento difícil, mas muito talento, o "bad boy do tênis" nunca conseguiu entrar no top 5 numa era dominada por Djokovic, Rafael Nadal e Roger Federer.
"Acho que me rotularam de rebelde só porque eu era um pouco fora da caixa. Acho que já não tenho essa perceção junto ao público australiano, mas no início da minha carreira, as pessoas pensavam que eu era um criminoso", explicou.
Com o anúncio da aposentadoria de Nadal na semana passada, e com Djokovic agora com 37 anos, Kyrgios acredita que o circuito está "mais aberto do que nunca".