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Leila Pereira chama organizada de "câncer"; torcida replica e relação azeda de vez

A executiva se tornou em 2021 a primeira mulher a presidir o Verdão
A executiva se tornou em 2021 a primeira mulher a presidir o VerdãoFabio Menotti/Palmeiras
A presidenta do Palmeiras e a maior torcida organizada do clube se atacaram verbalmente, nesta quarta (11), e escalaram o conflito entre as partes.

Leila Pereira deu entrevista coletiva na Academia de Futebol alegando que torcidas organizadas são "câncer" e que o Palmeiras vai cair para a Segunda Divisão caso ela seja substituída por uma gestão que "não siga o mesmo caminho".

"Temos que bater forte contra as pessoas que têm a mentalidade de que pela força, pelo medo, pela covardia, vão administrar um clube. Não vamos deixar. Essas torcidas organizadas nunca construíram nada. São caso de polícia, são o verdadeiro câncer do futebol brasileiro", disse ela.

"Nós já colocamos mais de R$ 1,2 bilhão no clube. Eu fiz isso porque sabíamos que conseguiríamos reerguer o Palmeiras. Não é tocando bumbo na porta do CT e no estádio que vou contratar jogadores. É com investimento, trabalho duro e transparente", afirmou.

"O torcedor organizado não se importa com o Palmeiras, querem saber deles. Se gostassem do Palmeiras, não iam vandalizar o muro do clube", disparou a cartola.

"Essas pessoas que ficam gritando, esses torcedores organizados, que preparo que essa gente tem meu Deus? O que fizeram na vida? O que construíram? Além de confusão, ameaça, dor, morte", vociferou Leila.

"Quando eu reclamo, é de torcedores organizados. Não é dos milhões de torcedores que eu encontro diariamente e que tem um profundo orgulho do nosso trabalho", acrescentou.

A presidente também revelou que a Crefisa, empresa de Leila Pereira e patrocinadora do time, vai processar a Mancha "criminalmente e no aspecto cível" por ter vandalizado lojas da companhia.

"Quando eu comecei a patrocinar o Palmeiras, eu tinha certeza que o clube sairia da letargia que era. De 2002 a 2012, a grande emoção era quando não caia. Hoje, as pessoas ficam estressadas porque de quatro Libertadores, vencemos duas e ficamos em duas semifinais. Isso é ridículo", alegou a mandatária.

Mancha atira de volta

Em live em seu canal no YouTube mais tarde, a Mancha Alviverde respondeu às críticas da presidenta.

"Hoje somos câncer? De caso de polícia? O que aconteceu, dona Leila Pereira? É por que a gente não se vendeu pra você? Pega o seu dinheiro e enfia... no seu cofre", retrucou a direção da torcida.

"Você é uma pessoa arrogante, prepotente, se acha acima do bem e do mal", atacou.

"Sem a Mancha, sem o setor que você menospreza, infelizmente nosso estádio seria mudo. Seria frio. Aquele setor é o pulmão da arquibancada", acrescentaram os organizados.

E as contratações?

A presidenta defendeu na coletiva seu diretor de futebol, Anderson Barros, e falou sobre a contratação de reforços.

"Já temos o planejamento. O Abel já se posicionou, está com o departamento de análise a contratação de três a quatro atletas", contou ela.

"Tenho dificuldade de trazer atletas para cá que performem do jeito que eu quero. Não quero trazer jogador que não deu certo lá, passou de uma certa idade, e quer se aposentar aqui. O Palmeiras não é lugar de aposentado", explicou.

"Eu, pessoalmente, entro nas negociações quando a coisa não anda na rapidez que eu espero. Eu ligo, falo com o atleta, com o empresário. É a realidade, mas o Palmeiras não contratou porque os atletas que escolhemos não querem jogar no Brasil por receio da violência", analisou Leila.

Abel tem contrato até o fim de 2024
Abel tem contrato até o fim de 2024Cesar Greco/Palmeiras

Abel Ferreira e a reeleição

"Abel tem contrato conosco até dezembro de 2024, conversei com ele sim que é um desejo muito grande que tenho que ele fique comigo até o final do meu segundo mandato, se eu for reeleita. Ele não fala que sim e nem que não, mas eu vejo que o Abel está muito feliz aqui no Palmeiras. Não há dúvida que ele também fica chateado, que alguns têm a memória muito curta", afirmou a presidenta.

"Eu vou ser candidata à reeleição, e aí se o associado continuar confiando no meu trabalho, terei o maior prazer de continuar patrocinando o clube", disse ela.

"O pessoal costuma dizer que eu me acho dona do Palmeiras... Não. No dia que eu terminar meu mandato, pego minha bolsa e saio daqui", concluiu.