Marcelinho Carioca se pronuncia após sequestro e vídeo: "Arma apontada na cabeça"
"Se você tem uma arma apontada na sua cabeça e a pessoa te obriga a falar, o que você faz? O que responde? Você grava. É exatamente o que fui obrigado a falar. A Taís é brilhante, uma mulher guerreira, de fibra, família, trabalhadora. E nós não temos nada a ver, simplesmente a amizade", afirmou Marcelinho.
No vídeo, o ex-jogador aparece com uma ferida no rosto e diz ter sido sequestrado pelo marido da mulher ao seu lado, que confirma a versão. Marcelinho Carioca teria saído junto com ela da "Tardezinha", evento do cantor Thiaguinho na Neo Química Arena. Na coletiva, porém, o ídolo do Corinthians desmentiu o relato.
"Ela (Taís) é minha amiga há três anos. Conheço o ex-marido dela, Márcio, os dois filhos dela. É uma mulher íntegra, guerreira. Falaram uma porção de coisas. Eu não tenho nada a ver com a Taís nem ela comigo. É minha amiga", reforçou Marcelinho.
O ex-jogador contou que deixou a Neo Química Arena por volta de 0h40 e retornaria de carro para sua casa, no Arujá. No caminho, ele passaria na residência de Taís, em Itaquaquecetuba, para deixar ingressos para o show de domingo.
"Eu fui secretário de Esportes no município de Itaquaquecetuba, respeito muita gente, conheço ela e todas as outras pessoas. Eu falei que domingo não poderia ir (no show) porque estaria no evento do Corinthians no CT. Três ruas depois da casa dela tinha a festa de comunidade, o funk rolando, aquilo tudo", relatou Marcelinho.
"Cheguei ali e conversei com todo mundo que estava na frente da casa dela. Chegaram três indivíduos e me abordaram, e aí tomei essa coronhada na cabeça. Quando entrei no carro já colocaram o capuz, e não vi mais nada. Fui levado no meu próprio carro."
O ex-jogador afirmou que só pensava em seus filhos durante o período no cativeiro. De acordo com Marcelinho, os sequestradores entraram em desespero após um helicóptero da Polícia se aproximar do local.
"Eles falaram: 'Cara, você tem que colaborar para a gente pegar todo o seu dinheiro'. Eu falei: 'Não tem problema, pode pegar. Eu só quero que vocês me soltem. Meus filhos devem estar preocupados, todo mundo deve estar'. E aí é ruim, cara. Não é fácil você ter um revólver apontado na sua cabeça a todo momento. Mas não fizeram nenhuma maldade com a gente", disse Marcelinho, que se emocionou no relato.