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Marcos Pacheco, técnico do MOC Vôlei: "Seguir na elite será uma grande vitória"

Marcos Pacheco, técnico do MOC Vôlei: "Seguir na elite será uma grande vitória"
Marcos Pacheco, técnico do MOC Vôlei: "Seguir na elite será uma grande vitória"Mourão Panda/AFC
O currículo vitorioso do técnico Marcos Pacheco contrasta com o desafio que ele encara na atual temporada. No comando do Montes Claros América, ele briga para não ser rebaixado, realidade bem diferente da época em que esteve presente em 12 finais de Superliga, vencendo por sete vezes o maior torneio do país.

O técnico tenta fazer o que pode e dar sua dose de contribuição para, no mínimo, fazer o time se manter na elite na próxima temporada, resultado que já estaria de bom tamanho, em virtude do investimento e dos percalços que o projeto vive atualmente. 

Pacheco chegou para comandar o time ainda na pré-temporada, mas sua influência na contratação de jogadores foi zero. Ele chegou para substituir Henrique Furtado, que não pôde dizer "não" para convite recebido para ser auxiliar do técnico argentino Marcelo Mendez no Jastrzębski Węgiel, da Polônia.

Furtado deixou o time antes do Mineiro começar, fazendo Pacheco chegar para comandar um elenco já montado, mas com poucos dias de treino. Mudanças no meio do caminho deixaram seu trabalho ainda mais complicado. Antes mesmo do Estadual, o clube viu o desligamento do ponta porto-riquenho Diego Negrón, que deixou o time após receber proposta do vôlei de Portugal. 

Com a Superliga em andamento, os resultados não foram os desejados. Em 11 partidas disputadas até agora, foram apenas duas vitórias, com o time ocupando a 10ª posição, a primeira logo acima da zona de rebaixamento. Uma nova dificuldade recente foi a ausência do levantador Índio, que precisou se afastar do grupo para tratamento psicológico.

O Flashscore conversou com Pacheco para entender melhor as dificuldades e as projeções para a temporada que está na sua metade. O MOC volta a jogar no dia 8 de janeiro, em casa, contra o Araguari. 

Qual a sua avaliação após 11 jogos?

Gostaria que fosse melhor, treinamos muito pra isso. Tivemos problemas desde a construção do time, quando eu nem havia chegado ao time. O elenco pensado para o Estadual foi um e, na prática, foi outro. Tivemos reformulações no processo, que seguiram na Superliga. O time cresceu, sabemos da nossa realidade e do nosso tamanho. Fizemos bons jogos contra São José (SP), Blumenau (SC), Sesi (SP) e Guarulhos (SP), com chances de ir para o tie-break. Mas falhamos na hora das conclusões, pontos ficaram pelo caminho. O time hoje está mais bem estruturado e sabe dos seus limites, dificuldades e virtudes. Agora é hora de pensar no returno. 

Tem sido mais difícil do que você esperava?

A reconstrução com a temporada em andamento dificulta bastante. Precisamos realinhar as coisas com a Superliga acontecendo, isso não é nada bom, tendo pela frente um torneio tão duro, que não dá muitas chances de se recuperar. Não existem culpados, o processo não foi o ideal, poderia ter sido melhor. Os problemas existem e é minha função resolvê-los. A equipe está crescendo e vamos seguir tentando dar nosso melhor. 

Acha que o time, muitas vezes, já entra em quadra sabendo da pequena possibilidade de sair vitorioso? Isso é um comportamento que precisa ser "combatido" permanentemente?

De forma alguma, entramos sempre para ganhar, independentemente do adversário. Não vou ser hipócrita, sei que as chances de vitória em alguns jogos são menores, mas queremos ganhar sempre. Trabalho e me dedico há anos pra isso, quando for diferente encerro minha carreira. Não pensamos nunca em perder, a meta é sempre a vitória. 

Quais os fatores positivos até aqui?

O time tem evoluído, mesmo com todas as dificuldades. Temos alguns atletas bem situados nas estatísticas individuais. Estamos pecando em alguns momentos, mas temos crescido e estamos cientes dos nossos limites positivos e negativos. Isso nos ajuda a administrar algumas situações durante os jogos.

Manter-se na elite será uma grande conquista?

Dentro deste contexto, ficar entre os 10 será uma vitória. Nosso primeiro objetivo é não cair, vamos seguir lutando contra o rebaixamento. Ficamos em 10° lugar no turno e queremos melhorar no returno. Precisamos de competência e capacidade para fazer um returno melhor.

Situação do Índio te pegou de surpresa? O que aconteceu?

Ele não está jogando, está com problemas pessoais e, por isso, não está fazendo parte do grupo no momento. 

Ausência do seu capitão deixou tudo mais difícil?

Um jogador que era meu capitão faz falta, mas temos o Gian (líbero) o substituindo bem, fazendo um trabalho muito bacana. Ele tem representado bem a equipe dentro de quadra, tem sido um líder muito importante para o grupo.