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Marrocos bate Espanha nos pênaltis e vai às quartas da Copa de forma inédita

Bono foi herói ao defender dois pênaltis na disputa decisiva
Bono foi herói ao defender dois pênaltis na disputa decisivaAFP
O Marrocos está nas quartas de final da Copa do Mundo pela primeira vez na história. A seleção africana venceu a Espanha nos pênaltis nesta terça-feira (6) por 3 a 0, após 0 a 0 em 120 minutos, e garantiu vaga na próxima fase. O adversário do próximo sábado (10) sairá do duelo entre Portugal e Suíça, também nesta terça-feira.

O herói da classificação foi o goleiro Yassine Bounou, que defendeu duas das três cobranças espanholas. A seleção marroquina é apenas a quarta africana da história a chegar tão longe na Copa, após Camarões em 1990, Senegal em 2002 e Gana em 2010. Nenhuma delas conseguiu atingir as semifinais.

A Espanha viu o raio cair duas vezes no mesmo lugar. Depois de enfrentar muitas dificuldades para superar o bloqueio defensivo do adversário, a equipe caiu nos pênaltis nas oitavas de final, assim como em 2018, contra a Rússia. Na última Eurocopa, em 2021, a eliminação também veio nos pênaltis, na semifinal contra a Itália.

Espanha teve muita posse de bola, mas criou poucas chances claras
Espanha teve muita posse de bola, mas criou poucas chances clarasOpta by Stats Perform

Velho problema espanhol

A Espanha reviveu no primeiro tempo os problemas que a atormentaram quatro anos atrás, na Rússia. Com muita posse de bola (69%) e pouca contundência no ataque, a seleção de Luis Enrique finalizou apenas uma vez em 45 minutos — e sem acertar o alvo.

Sólido na defesa e perigoso nos contra-ataques, o Marrocos assustava mais que os espanhóis, sobretudo com Sofiane Boufal. O ponta infernizou a vida de Marcos Llorente, meia improvisado na lateral direita, que ainda não havia entrado em campo no Catar. Em uma das jogadas de Boufal, o zagueiro Nayef Aguerd teve a grande chance da etapa inicial, mas cabeceou para fora.

Espanha teve mais volume, mas acertou o alvo só uma vez na partida
Espanha teve mais volume, mas acertou o alvo só uma vez na partidaOpta by Stats Perform

Segundo tempo morno

Bono só sujou o uniforme aos nove minutos do segundo tempo, quando Dani Olmo chutou forte e obrigou o goleiro a espalmar. Com a necessidade de ser mais agudo, Luis Enrique acionou Álvaro Morata, que havia marcado em todos os jogos da Copa, no lugar de Marco Asensio, além de trocar Gavi por Carlos Soler.

O centroavante foi uma preocupação a mais para os marroquinos dentro da área, mas a Espanha seguiu pouco objetiva. O cenário mudou um pouco após a substituição de Ferran Torres pelo habilidoso e veloz Nico Williams, que participou com Morata dos melhores lances espanhóis.

O Marrocos, por sua vez, perdeu todo seu poderio ofensivo na etapa final, ainda mais quando Boufal foi substituído por Ez Abde. Os africanos pouco tocaram na bola e só finalizaram uma vez no segundo tempo. A postura atraiu a pressão espanhola na reta final, mas o 0 a 0 persistiu e o jogo foi para a prorrogação.

Prorrogação agitada

O tempo extra no estádio Education City contrariou o senso comum sobre a prorrogação, que costuma ter poucas emoções e muita cautela dos dois lados. O Marrocos voltou a atacar com perigo e teve ótimas oportunidades, todas desperdiçadas pelo atacante Walid Cheddira. A Espanha também assustou, mas novamente com dificuldade para criar chances claras.

Bono faz história

A decisão foi para o drama das penalidades. E os jogadores espanhóis parecem não ter aprendido a bater mesmo treinando mil cobranças antes da Copa. Depois de Pablo Sarabia acertar a trave logo no primeiro pênalti, Bono defendeu os chutes de Soler e Sergio Busquets para deixar o Marrocos perto da vaga.

A definição ainda veio com requintes de crueldade. Achraf Hakimi, nascido na Espanha, bateu de cavadinha o pênalti decisivo, que colocou os marroquinos nas quartas de final pela primeira vez na história.