Marrocos bate Portugal e se torna 1º africano a chegar à semifinal da Copa
Camarões em 1990, Senegal em 2002 e Gana em 2010 foram as outras seleções africanas que chegaram às quartas de final de um Mundial, mas falharam na hora de avançar às semifinais. O Marrocos também é o primeiro semifinalista inédito de uma Copa desde a Espanha em 2010, quando La Roja se sagrou campeã.
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Fernando Santos, técnico português, praticamente manteve a escalação do time que bateu a Suíça por 6 a 1 na última terça-feira (6) pelas oitavas de final. Houve apenas uma troca: William Carvalho saiu para dar lugar a Rúben Neves no meio-campo. Cristiano Ronaldo seguiu no banco depois da ótima atuação de Gonçalo Ramos.
Sem Noussair Mazraoui e Naif Aguerd, dois nomes cruciais da zaga marroquina, Walid Regragui lançou Jawad El-Yamiq e Attiyat-Allah como substitutos na linha de defesa.
Marrocos segura Portugal e sai na frente
O desafio posto ao Marrocos pelos desfalques seria manter a incrível consistência defensiva na Copa, com apenas um gol sofrido até as quartas. Na primeira etapa deu certo. A seleção marroquina conseguiu manter Portugal sob controle e ainda saía em velocidade nos contra-ataques.
Hakim Ziyech e Sofiane Boufal pelas pontas e Sellim Amallah e Azzedine Ounahi pelo meio faziam a transição ofensiva com muita rapidez e se encontravam com naturalidade no gramado. Tanto que, mesmo com menos posse de bola no primeiro tempo (66% a 34% para Portugal), o Marrocos finalizou mais (7 a 5).
A ousadia marroquina foi premiada com o gol ainda no primeiro tempo. Attiyat-Allah recebeu de Ounahi na ponta esquerda e encontrou Youssef En-Nesyri pelo alto dentro da área. O atacante se antecipou ao goleiro Diogo Costa, que saiu muito mal, e colocou no fundo das redes de cabeça.
Portugal pressiona até o fim
Sem conseguir criar grande perigo no primeiro tempo para o goleiro Bono, Portugal lançou mão de sua principal estrela logo no início do segundo tempo. Cristiano Ronaldo entrou na tentativa de ser uma referência dentro da área e abrir espaço na marcação para os seus companheiros.
Marrocos assumiu o risco na etapa final e trouxe Portugal para o seu campo. Os africanos fecharam suas duas linhas de defesa, com cinco jogadores à frente da zaga, bem próximas a área. A seleção europeia chegou a ter mais de 80% de posse de bola em alguns momentos do segundo tempo.
As chances portuguesas surgiram através de Gonçalo Ramos, Bruno Fernandes, João Félix e Cristiano Ronaldo, mas o gol não saiu por grandes defesas de Bono e pela falta de pontaria portuguesa.