Meia tcheco é apenas 5º jogador a se assumir gay no futebol atual
Jankto, de 27 anos, junta-se ao americano Collin Martin (do San Diego Loyal) e aos australianos Jake Daniels (Blackpool), Andy Brennan (South Melbourne) e Joshua Cavallo (Adelaide United).
“Tenho as minhas forças, fraquezas, família, amigos. Tenho uma profissão na qual venho fazendo o melhor que posso durante anos, com seriedade, profissionalismo e paixão. Como toda mundo, quero viver a minha vida sem medos, sem preconceito, violência, mas com amor. Sou homossexual e não quero mais me esconder”, disse o jogador tcheco em vídeo publicado em suas redes sociais e no perfil do Sparta Praga.
“Jakub Jankto falou abertamente sobre sua orientação sexual com a direção do clube, treinador e companheiros de equipe há algum tempo. Todo o resto diz respeito à sua vida pessoal”, escreveu o clube tcheco.
“Sem mais comentários. Sem mais perguntas. Você tem o nosso apoio. Viva sua vida, Jacob. Nada mais importa”, acrescentou o Sparta.
Formado no Slavia Praga, Jankto regressou ao futebol de seu país nesta temporada para representar o rival da capital. Antes de chegar ao Sparta, o meia jogou no Getafe e no futebol italiano, onde representou Udinese, Ascoli e Sampdoria. Ele já foi convocado para a seleção tcheca em 45 ocasiões e esteve na Euro 2020.
Ato de coragem
“No ambiente tcheco, o fato de Jakub Jankto ser ex-jogador do Slavia (que está em má fase desde a chegada do meia ao Sparta) pode também desempenhar um papel na reação dos torcedores. Ele definitivamente não está em uma fase confortável de sua carreira, e o anúncio pode tornar seus esforços de reinício da carreira futebolística ainda mais difíceis”, explicou o jornalista Lukáš Pečeně, nosso companheiro do Flashscore na República Tcheca.
“Coragem que ninguém no futebol nunca teve”, resumiu Pečeně.
“Todo clube tem de dois a três homossexuais”
O francês Patrice Evra, lenda do Manchester United e da Juventus, relatou em seu livro: "Eu mesmo joguei com caras que eram homossexuais. Eles me disseram cara a cara, mas eles tinham medo de falar sobre isso. Cada clube tem pelo menos dois ou três jogadores homossexuais. Mas no mundo do futebol, se você revela, está acabado".
"Quando eu estava na Inglaterra, eles mandaram alguém para falar sobre homossexualidade. Alguns dos meus colegas de equipe disseram: ‘É contra a minha fé. Se há um homossexual no vestiário, ele precisa sair do clube’", escreveu.
O ex-jogador relevou nesta segunda-feira que o episódio ocorreu quando ele estava no West Ham.
Leia a opinião e o apoio do Flashscore a Jakub Jankto (texto em inglês)