Messi comanda, Álvarez brilha, Argentina liquida Croácia e vai à final da Copa
Diferentemente do jogo contra o Brasil, os croatas cometeram erros crassos. E contra uma Argentina embalada - e no veneno - eles foram fatais. O certo é que o susto contra a Arábia Saudita, logo na estreia do Mundial, colocou os hermanos em alerta. Talvez os trouxeram para o chão. E em uma Copa, quando se ajusta a rota condicionada à possibilidade de uma eliminação precoce, os caminhos se confluem. Foi o que aconteceu com a Argentina.
No primeiro tempo de jogo ainda, a Argentina foi para o intervalo liderando o placar por 2 a 0. O primeiro tento da Albiceleste aconteceu em um vacilo croata. A bola passou por baixo do pé de Modric, Mac Allister foi esperto, deu um passe magistral para Julián Álvarez, que saiu entre os zagueiros, cara a cara com o goleiro Livakovic. A bola passou pelo atacante argentino e o arqueiro foi no corpo de Álvarez.
Na cobrança de pênalti, Messi colocou a bola na marca da cal e bateu firme, no alto, no canto esquerdo de Livakovic. O quinto gol de Messi na Copa, tornando-se o artilheiro do torneio ao lado do francês Mbappé. De quebra, Messi ainda superou Gabriel Batistuta, chegou a 11 gols e se tornou o maior goleador argentino na história dos Mundiais.
O segundo gol argentino saiu aos 38 minutos da etapa inicial. A Croácia sofreu no contra-ataque, Messi deixou Brozovic na saudade e Julián Álvarez aproveitou-se dos erros de cortes de Juranovic e Sosa, aparecendo dentro da área para finalizar de direita e ampliar o marcador.
No segundo tempo, o técnico Zlatko Dalic deu um novo ânimo na sua equipe, colocando o atacante Bruno Petkovic, aquele mesmo que fez o fatídico gol no Brasil nas quartas de final, buscando dar uma pressionada na Argentina. Os croatas tiveram um grande controle da posse de bola, coisa que já tinham conseguido na etapa inicial, mas faltava qualidade ofensiva para transformar o domínio em gols, enquanto a Argentina, jogando no contra-ataque, ampliou o placar.
E foi na genialidade de Messi e na conclusão dele: Julián Álvarez.
O camisa 10 partiu na ponta direita, fez o que quis com o defensor Gvardiol, entrou na área e deu um toque para Álvarez concluir, sem chances para Livakovic. O terceiro gol e a confirmação da classificação.
A geração de Messi pode fazer o que os hermanos tanto aguardam desde Maradona. Em 2014, no Brasil, a primeira chance de Messi ser campeão do mundo bateu na trave, perdendo a disputa na prorrogação para a Alemanha. Desta vez, no Catar, o camisa 10, possivelmente em sua última Copa, quer conquistar o que todo jogador da sua grandeza almeja.
Na final, marcada para o próximo domingo (18), às 12h (de Brasília), no mesmo Lusail, a Argentina aguarda o vencedor de França e Marrocos, que se enfrentam nesta quarta-feira (14), às 16h (de Brasília), no estádio Al-Bayt.