Messi em clima de adeus e Vini Jr. em 6º lugar: o resumo da Bola de Ouro 2023
A premiação da revista France Football, que conta com votos de jornalistas esportivos de 50 países, colocou o camisa 10 da seleção argentina campeã do mundo à frente dos 56 gols de Erling Haaland e do artilheiro da Copa do Catar, o craque francês Kylian Mbappé.
"A pior temporada de Messi é como a melhor temporada de outros", disse o técnico do Manchester City, Pep Guardiola, que dirigiu Messi no Barcelona de 2008 a 2012, há alguns dias.
Entretanto, de acordo com o técnico espanhol, seu atual comandado, Haaland, também mereceria a Bola de Ouro.
"Eu gostaria que Haaland ganhasse porque ele nos ajudou a alcançar todos os nossos sucessos. Ele deveria ganhar porque conquistamos a tríplice coroa e ele marcou um milhão de gols", disse o espanhol antes de acrescentar: "Mas Messi ganhou o ouro na Copa do Mundo".
E os jornalistas que votaram pensaram da mesma forma. Messi devolveu a Copa do Mundo à Argentina após 36 longos anos, tornando-o rei do mundo do futebol pela oitava vez, apesar da fenomenal forma de Haaland. O nativo de Rosário retornou ao trono depois de dois anos, tendo ficado ausente entre os 30 indicados há um ano, pela primeira vez desde 2005.
Mbappé, do PSG, era o outro rival de Messi. No entanto, o argentino o superou na final da Copa do Mundo do ano passado.
Desde 2022, a Bola de Ouro é concedida por uma temporada e não por um ano. Vencedor da premiação, Messi, defendeu o título francês com o Paris Saint Germain na última temporada europeia, além do sucesso já mencionado com a Albiceleste. Em seguida, ele foi para o Inter Miami e imediatamente tornou-se a principal atração da Major League Soccer.
Pela primeira vez desde 2003, Cristiano Ronaldo, cinco vezes vencedor da premiação, não foi incluído na lista de 30 jogadores. O vencedor do ano passado, Karim Benzema, que se transferiu do Real Madrid para o Al-Ittihad, da Arábia Saudita, em junho, ficou em 16º lugar.
Haaland e Martínez também foram bem-sucedidos
A meio-campista espanhola e campeã mundial Aitana Bontami foi eleita a melhor jogadora de futebol do ano. A premiação feminina foi anunciada pelo número um do tênis mundial e recordista de Grand Slams, Novak Djokovic.
Bontamí sucedeu sua compatriota e companheira de clube e seleção Alexia Putellas, que venceu as duas últimas edições. Devido a uma longa lesão, ela nem chegou a ser indicada para a lista final desta vez.
Para Haaland, pode ser um consolo o fato de ter ganho o troféu Gerd Müller de melhor atacante. O troféu Raymond Kopa para o melhor jogador sub-21 foi concedido ao meio-campista inglês Jude Bellingham, do Real Madrid, que jogou no Dortmund na última temporada.
O vencedor do Troféu Lev Yashin para o melhor goleiro foi concedido ao campeão mundial argentino Emiliano Martínez, do Aston Villa. Houve vaias quando seu nome foi anunciado, que foram repetidas durante o discurso de Martínez. Os responsáveis foram repreendidos pelo apresentador da noite, o ex-jogador Didier Drogba.
O prêmio de melhor clube foi para o Manchester City pelo segundo ano consecutivo. Os comandados de Pep Guardiola fizeram "barba, cabelo e bigode" na última temporada com a conquista da tríplice coroa, vencendo a Premier League, a Copa da Inglaterra e a Liga dos Campeões.
O melhor time feminino foi o Barcelona, que conquistou a Liga dos Campeões e a LaLiga feminina.
Vini Jr crava melhor posição desde Neymar
Na disputa pela Bola de Ouro, o craque brasileiro Vinicius Júnior subiu duas posições em relação ao ano passado, indo da oitava para a sexta posição, ficando atrás apenas de Rodri e, posteriormente, dos melhores da última temporada Messi, Haaland, Mbappé e De Bruyne.
É a melhor posição de um brasileiro desde Neymar em 2017, quando o atual camisa 10 do Al-Hilal e ex-Barcelona terminou na 3ª posição. Vini ainda foi agraciado com o Prêmio Sócrates pelas ações sociais em seu Instituto.