Messi volta à Argentina para comemorar a Copa do Mundo com os fãs do seu país
O capitão da seleção nacional sentirá a idolatria dos torcedores que o elevaram ao olimpo do futebol albiceleste, estando distante dos apitos e vaias que ouviu de uma multidão após a derrota de 2 a 0 para o Rennes na Ligue 1, no domingo.
A euforia popular em torno do maior artilheiro da história da "albiceleste" com 98 gols ofuscará as primeiras horas do dia 3 de março, quando estranhos em uma motocicleta estouraram as persianas da loja de seu sogro, José Roccuzzo, e deixaram uma ameaça na cidade natal Rosário, 300 km ao norte de Buenos Aires.
"Messi, estamos esperando por você. Javkin (Pablo, prefeito de Rosário) é um traficante de drogas, ele não vai cuidar de você", foi escrito em cartas rudes em um pedaço de papel no drive-thru do pai de Antonela, a esposa e a mãe de seus três filhos.
O incidente causou um impacto internacional. Mas a impressão geral é que o nome da estrela foi usado para um conflito interno de perfis sociais e políticos em uma cidade atormentada pela violência das drogas.
"Falei com o menino (Leo Messi), e ele me disse 'fique calmo'", disse seu pai, Jorge Messi, aos repórteres. Ele acrescentou que o fato, ainda não esclarecido, "não vai mudar o vínculo de seu filho com Rosário e que ele continuará a "viajar para as férias de Natal".
José Roccuzzo reafirmou isto a seus funcionários: "Isto não é para nós", de acordo com a versão da família, conforme noticiado na imprensa local.
O prefeito Javkin, envolvido em uma batalha entre a oposição e o governo, disse: "Qual é a maneira mais fácil de resolver os problemas de Rosário? Falando de Messi.
"É claro que eles querem gerar comoção", disse Jorge Baclini, procurador-chefe da província de Santa Fé, em cuja jurisdição Rosário está localizada. Messi não disse uma palavra em público sobre o incidente.
Loucura monumental
A primeira parte das comemorações será a partida da "albiceleste" com a seleção panamenha na quinta-feira no estádio Monumental de Buenos Aires, lotado com 83.000 espectadores, enquanto milhões assistirão nas telas após uma decisão governamental de transmiti-la pela televisão gratuita.
Será a primeira vez que a Argentina de Messi jogará após vencer a final da Copa do Mundo contra a França (4 a 2 nos pênaltis após um empate em 3 a 3) no estádio Lusail, em Doha.
"Este ano foi uma loucura para mim, consegui realizar meu sonho depois de tanta luta, tanta busca, tanta insistência", disse Messi ao receber o prêmio de Melhor Jogador do Ano da FIFA.
O segundo contato com o fervor popular será em um amistoso contra Curaçao na terça-feira (28), no estádio Madre de Ciudades, em Santiago del Estero (noroeste), com sua capacidade ampliada para 42.000.
Em seu retorno do Catar, o encontro entre o eleco e os torcedores não pôde ser concluído devido a uma multidão raramente vista de cinco milhões de pessoas que bloquearam o ônibus no CT da Associação Argentina de Futebol (AFA), em Ezeiza (arredores de Buenos Aires).
Messi pôde ver a impressionante massa de pessoas de um helicóptero. "Percebi que ia ser uma loucura e foi. Vê-se a felicidade do povo, jovens e velhos, era inexplicável. A melhor coisa foi como eles se comportaram, porque havia cinco milhões de pessoas e nada aconteceu", disse Messi a uma estação de rádio argentina um mês após a Copa do Mundo.