Lionel Messi é incomparável. Um nome sem igual na história do futebol. Nas oitavas de final, quando fez um dos gols argentinos na vitória sobre a Austrália por 2 a 1, ele quebrou sua própria sina de não ter ido às redes em nenhum jogo de mata-mata de Copa.
E ele quer muito mais contra a Holanda de Van Gaal, que o parou em 2014, em um jogo extremamente nervoso na Arena Corinthians pela semifinal da Copa. A partida só foi decidida nos pênaltis, e Messi guardou o dele na disputa em que o goleiro Romero, da Argentina, foi herói.
Para vencer a forte marcação holandesa, Messi é o diferencial. Sua genialidade e sua visão de jogo são trunfos dos hermanos. E, claro, se Messi pisar na área, a Holanda precisa ficar alerta. O camisa 10 vem para marcar, como fez contra a Austrália. Seu deslocamento em praticamente todo o setor ofensivo, especialmente no meio-campo e na entrada da área, fazem do craque um perigo constante para a defesa adversária.
Cody Gakpo, de apenas 23 anos, é o menino prodígio da seleção holandesa na campanha atual. São três gols em quatro jogos. E as atenções dos defensores começam a se voltar para o talento, que terá diante da Argentina um difícil desafio. Será testado no jogo físico e também na imposição que os hermanos costumam trazer.
Gakpo, no entanto, carrega consigo o lastro de grandes nomes holandeses na posição, como Bergkamp e Van Persie, mas tem seu estilo próprio, que envolve o trabalho de buscar a bola ainda no campo defensivo, trabalhando na beirada de campo, desde o meio, e caindo pelo lado direito.
Percebe-se, no entanto, que Gakpo não conseguiu ter uma presença dentro da área contra os Estados Unidos. Esta pode ser uma das ameaças para os argentinos.
Com 1,89m de altura e muita velocidade, Gakpo também pode ser perigoso no jogo aéreo. É maior que os defensores argentinos: Otamendi e Romero possuem, respectivamente, 1,83m e 1,85m. Reserva imediato da defesa albiceleste, Lisandro Martínez também é mais baixo: tem 1,85m.
Como a Holanda joga no 4-4-2, com dois atacantes polivalentes, a tendência é que o jovem do PSV apareça com mais frequência dentro da área do que foi contra os Estados Unidos. Porém, é preciso ressaltar que, mesmo sendo mais "baixinhos" em relação aos oponentes, os zagueiros argentinos ainda não levaram um gol de cabeça sequer na Copa do Mundo. Mesmo não sendo um homem de área frente aos norte-americanos, Gakpo foi importante na armação. Ponta de habilidade, ele deu quatro passes decisivos.
O vencedor de Argentina e Holanda enfrenta quem passar de Brasil e Croácia. Ambos os jogos acontecem nesta sexta-feira (9).