Charlton, campeão da Copa do Mundo com a Inglaterra e um dos melhores jogadores da história do United, morreu em 21 de outubro, aos 86 anos.
O ex-treinador do United, Alex Ferguson, os ex-jogadores Andy Cole e Paul Scholes, o técnico da Inglaterra, Gareth Southgate, o príncipe William e o presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, estavam entre os cerca de 1.000 convidados que compareceram ao culto particular na Catedral de Manchester.
"Percebi logo de cara que ele era uma pessoa fantástica... Mesmo quando estava na seleção, o que importava era vencer. Um cara humilde, um grande pai de família. Isso nunca lhe subiu à cabeça", disse Alex Stepney, ex-companheiro de equipe de Charlton, à BBC.
Uma multidão de milhares de torcedores enfrentou o clima tempestuoso para aplaudir quando Charlton fez sua última viagem por Old Trafford.
Seu cortejo fúnebre parou em frente à Estátua da Trindade de Charlton, George Best e Denis Law. O trio ajudou o United a se tornar o primeiro clube inglês a vencer a Liga dos Campeões da Europa em 1968.
Uma coleção de centenas de buquês e lenços cuidadosamente colocados ao redor da base da estátua continua a crescer.
Harry Maguire e Luke Shaw estavam entre os jogadores atuais do United que compareceram ao funeral, com muitos ausentes devido a obrigações internacionais. O técnico Erik ten Hag não pôde comparecer devido a um compromisso na Holanda.
A chegada da equipe inglesa à sua base de treinamento em St. George's Park foi adiada nesta segunda-feira para permitir a presença de Southgate, Maguire e outros.
"Sem dúvida, estamos falando do maior jogador de futebol inglês que já tivemos", disse o ex-capitão do United, Steve Bruce, à Sky Sports. "E, é claro, ele também tinha classe como homem. Então, quando você tem a mistura dos dois, pode entender por que haverá milhares de pessoas nas ruas.
"Uma coisa simples que ele sempre dizia (quando entrei para o United) era: 'É um grande clube. Apenas aproveite, aproveite o privilégio de jogar por este grande clube de futebol'".
Outro ex-capitão do United, Bryan Robson, considerou o fato um "dia triste para o futebol, para o Manchester United e para a família de Sir Bobby".
"Ele era um jogador fantástico, mas não apenas isso, ele era uma ótima pessoa", disse Robson à Sky News.
Esperava-se que a cerimônia incluísse tributos e elogios do ex-chefe executivo do United, David Gill, e do ex-chefe executivo da Fundação Manchester United, John Shiels, além de um tributo pessoal da família de Charlton.
Os hinos deveriam incluir "Abide With Me", que é tradicionalmente cantado antes da final da Copa da Inglaterra.
Charlton foi uma figura importante na equipe inglesa vencedora da Copa do Mundo de 1966, jogando ao lado de seu irmão Jack. Ele atuou em 758 partidas pelo United, marcando 249 gols, conquistando três títulos da liga, a FA Cup e a European Cup.
