O jogador do Real Madrid foi escalado como lateral-direito para substituir o lesionado Danilo. A opção chamou atenção uma vez que o técnico Tite preteriu Dani Alves, um especialista na posição, preferindo colocar em campo um jogador que atuou como lateral em apenas um jogo na reta final de preparação para a Copa. O Brasil venceu por 1 a 0 para se garantir, com antecedência, nas oitavas-de-final do Mundial. 

"Fazia algum tempo que eu não jogava de lateral, mas com as explicações da comissão e ajuda de todos, entrei em campo já sabendo o que deveria ser feito. Fico feliz de ter feito um bom jogo ao lado de todos e agora é seguir nossa caminhada", comentou o jogador em entrevista ao Sportv. 

"O primeiro tempo foi mais difícil, eles estavam fechados. No segundo, conseguimos encontrar espaços entre as linhas, mantivemos a paciência e acho que essa foi a chave. Não baixamos nossa intensidade e fomos felizes na parte da frente", completou. 

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Militão fez o básico, sem inventar, buscando não comprometer nem interferir na produtividade do time. Quando a Suíça tinha a posse de bola, Militão compunha a linha de quatro, pela direita. O atacante Raphinha era seu assistente, sempre voltando para reforçar a marcação pelo lado esquerdo do ataque suíço.

Confira como foi Brasil x Suíça

Com a bola, Militão também não se atirava demais ao ataque. Afinal, avançar não é sua especialidade, apesar da qualidade técnica. Quando os espaços permitiam, Militão passava da linha do meio-campo, movimentação que servia para "puxar" a marcação adversária, buscando algo para tirar a Suíça de uma possível zona de conforto. Foi assim no lance do gol da vitória, quando Militão acompanhou a movimentação do ataque brasileiro, aproveitando que a Suíça recuava suas linhas além da conta. 

A dificuldade de criação do Brasil no primeiro tempo fez com que, em momentos de maior pressão, a Suíça abaixasse as suas linhas, com o time de amarelo avançando as suas. Foi assim que Militão foi o responsável por um dos primeiros chutes do Brasil a gol, aos 37 minutos, quando a zaga europeia desviou para escanteio. O jogador do Real Madrid era comedido e subia somente "na boa". 

No segundo tempo, o Brasil adotou postura mais ofensiva em busca dos três pontos. Com a posse de bola, os extremos da Seleção ficavam bem abertos, com Militão se deslocando para a parte mais central do campo, liberando os companheiros para terem mais liberdade. Quando os lados do campo não eram ocupados, Militão lá estava e foi desta forma que foi originado o gol do triunfo. 

O "arroz com feijão" bem feito por Militão pode ser melhor temperado com alguns ajustes na parte tática. Ao mesmo tempo, sem comprometer, o zagueiro deu mostras de que pode dar conta do recado no jogo de sexta-feira, às 16h (horário de Brasília), contra Camarões, fazendo Dani Alves ter que esperar mais alguns minutos antes de entrar em campo no Catar.