Ministério Público espanhol quer aumentar pena imposta a Daniel Alves
Segundo revelaram fontes judiciais à agência EFE, o Ministério Público da Espanha está preparando um recurso questionando a sentença judicial, conhecida na última semana. Na ocasião, o tribunal considerou como atenuante a indenização de 150 mil euros à vítima, fixada no valor da fiança.
Essa atenuante, de reparação de danos, permitiu que a Audiência de Barcelona baixasse a pena para quatro anos e meio – o mínimo previsto na lei para uma agressão sexual. O Ministério Público, durante o julgamento do lateral, solicitou a pena de nove anos de prisão para o jogador.
No julgamento, Ministério Público e a defesa da jovem opuseram-se à aplicação da atenuante de reparação, justificando que esse foi o valor que a juíza de instrução fixou como fiança para o jogador, que diversas vezes quis que essa fosse a quantia entregue à vítima como indenização, sem que esta o aceitasse.
A Procuradoria também entende que a aplicação de atenuante a Daniel Alves, por ter depositado a fiança de 150 mil euros, pode ser discriminatória, uma vez que dá uma vantagem ao acusado devido à sua capacidade econômica.
Além do Ministério Público, também a defesa da jovem prevê recorrer da sentença, e os representantes Daniel Alves igualmente, mantendo o argumento de que o jogador manteve relações sexuais consentidas.
Segundo o processo, Alves encontrava-se na discoteca em Barcelona e encontrou a vítima, com outras pessoas, tendo-a convidado para dançar. Depois, levou-a para o banheiro, local em que a forçou a ter relações sexuais.
Daniel Alves é um dos jogadores mais condecorados da história do esporte, com 23 troféus só no Barcelona entre 2008 e 2016. Ele jogava no Pumas, do México, quando foi detido, levando o clube a rescindir seu contrato de forma imediata.