Morre o radialista Apolinho, ex-técnico do Flamengo, aos 87 anos
Apolinho tratava um câncer no Hospital Samaritano, na Barra da Tijuca, informou a Tupi. Ele deixou três filhos e sete netos.
O radialista foi o criador de bordões e expressões consagrados no futebol, como "chocolate", para designar uma goleada. Na noite de sua despedida, o Flamengo aplicou 4 a 0 no Bolívar, no Maracanã, pela Libertadores. Após a partida, o clube prestou sua homenagem nas redes sociais.
"Washington Rodrigues foi treinador do Mais Querido no ano de nosso centenário e, ainda assim, era admirado e adorado pelas torcidas dos nossos rivais por seu carisma, sua imparcialidade e sua paixão", publicou o Fla.
Na entrevista coletiva pós-jogo, Tite também se manifestou sobre a morte de Apolinho.
"Ficam aqui as condolências e os sentimentos à família. De longe, do Rio Grande do Sul, eu ouvia Apolinho. Eu o vi como técnico do Flamengo. Tem toda uma história, um legado muito bonito. E quando, no futebol, muito pouco se ouve falar mal de alguém, é porque ele é bom. Fica aqui o meu abraço à família toda e os nossos sentimentos", afirmou o treinador.
Aventura como técnico
Em 1995, o então presidente do Flamengo, Kleber Leite, resolveu convidar Apolinho para comandar a equipe. No ano do centenário, o Rubro-Negro tentava se encaixar com o badalado trio de ataque formado por Sávio, Romário e Edmundo, que decepcionou.
Pego de surpresa, o radialista aceitou o chamado.
"Eu achei que o Kleber queria minha opinião sobre a indicação de um técnico. Minha sugestão era o Telê Santana, que conseguiria acalmar o racha interno, com disciplina, e fazer com que as cobranças externas diminuíssem. Mas ele me disse que o escolhido era eu", contou Apolinho em entrevista à ESPN, em 2019.
A passagem do jornalista pelo Flamengo durou 26 jogos, com 11 vitórias, 8 empates e 7 derrotas. Apolinho conduziu a equipe ao vice-campeonato da Supercopa Libertadores, com derrota para o Independiente na final. Três anos depois, em 1998, voltou ao clube como diretor de futebol.