Penta campeão do Rally Dakar, Nasser Al-Attiyah vai em busca de nova conquista
O piloto de rali de 53 anos, medalhista de bronze em skeet (categoria do tiro esportivo) nos Jogos de 2012, ainda não se classificou para Paris, mas parte na sexta-feira (5) como favorito ao volante no deserto saudita.
Al-Attiyah e o copiloto Mathieu Baumel mudaram da Toyota para a Prodrive na categoria de carros principais e podem se tornar os primeiros a vencer o Dakar com quatro construtores diferentes.
O Hunter T1+ da Nasser Racing, do Catar, será o mesmo pilotado pelo francês Sebastien Loeb, nove vezes campeão mundial de rali, para a equipe Bahrain Raid Xtreme.
Loeb, que foi vice-campeão nos últimos dois anos, será tanto o companheiro de equipe quanto o principal rival.
"Ao longo dos anos, venci com três fabricantes diferentes no Rally Raid, mas vencer com um quarto carro é uma grande meta para nós", disse Al-Attiyah, que venceu em 2011 com a Volkswagen, em 2015 com a Mini e em 2019, 2022 e 2023 com a Toyota e correrá pela Dacia, de propriedade da Renault, no próximo ano.
Apenas duas outras pessoas venceram três Dakars consecutivos: o finlandês Ari Vatanen em 1989-1991 e o francês Pierre Lartigue em 1994-96.
"Temos uma boa sensação, pois vencemos a primeira corrida que disputamos com o Hunter em Dubai (em novembro)", disse Al-Attiyah no mês passado.
"Só precisamos aprender um pouco e nos preparar mentalmente com as novas equipes. Acho que podemos fazer isso."
Concorrentes
O jovem californiano Seth Quintero juntou-se à equipe de cinco carros da fábrica da Toyota na categoria T1+, ao lado do vencedor de 2009 da África do Sul, Giniel de Villiers, e do saudita Yazeed al Rajhi.
Carlos Sainz, três vezes vencedor do Dakar, pai do piloto de Fórmula 1 da Ferrari, de 61 anos, retorna à Audi, assim como Stephane Peterhansel, 58 anos, vencedor recorde da França por 14 vezes.
A Audi estará novamente concorrendo para se tornar a primeira a vencer com um carro elétrico-híbrido.
A Ford fará sua estreia no Dakar como construtora com o espanhol Joan "Nani" Roma, vencedor geral em duas rodas em 2004 e com a Mini na categoria de carros em 2014.
Dania Akeel, da Arábia Saudita, junta-se às espanholas Cristina Gutierrez e Laia Sainz como as principais participantes femininas.
O argentino Kevin Benavides, atual campeão na categoria de motocicletas com a KTM, buscará o terceiro título depois de se recuperar de uma recente lesão na perna.
A 46ª edição do rali, realizada na Arábia Saudita pela quinta vez, apresenta um prólogo e 12 etapas distribuídas em 7.891 km de Alula, no norte, até Yanbu, no Mar Vermelho.
Desafio extra
A grande novidade é o Chrono Stage de 48 horas, no qual os competidores correm pelo Empty Quarter do reino com restrições de maratona e oito bivouacs diferentes.
A ação do Empty Quarter também apresenta pistas separadas para carros/caminhões e motocicletas/quadriciclos para valorizar as habilidades de navegação e eliminar a possibilidade de os motoristas de carros seguirem as motos.
O rali começou em 1978 como uma corrida de Paris através do Saara até a capital senegalesa, mas mudou para a América do Sul em 2009 por motivos de segurança. Ele foi transferido para a Arábia Saudita em 2020 e agora é o carro-chefe do campeonato mundial de rally-raid da FIA.