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MP de Madri pede 4 anos de prisão para acusados de pendurar boneco de Vini Jr.

AFP
Acusação pede indenização por "danos morais" causados a Vini
Acusação pede indenização por "danos morais" causados a ViniProfimedia
O Ministério Público (MP) de Madri anunciou, nesta terça-feira (5), que pediu quatro anos de prisão para os quatro acusados de terem pendurado um boneco com a camisa do atacante Vinícius Júnior em uma ponte da capital espanhola para simular o enforcamento do jogador brasileiro.

O MP informou em um comunicado que os acusados são "membros do grupo ultra Frente Atlético, ideologicamente identificado com a extrema-direita" e cometeram crimes de "ameaças e contra os direitos fundamentais".

Além dos quatro anos de prisão, a acusação pede uma indenização por "danos morais" causados a Vini.

Vini Jr. tem sofrido seguidas agressões racistas no território espanhol
Vini Jr. tem sofrido seguidas agressões racistas no território espanholAFP

Ainda não há uma data definida para o julgamento dos acusados, que foram detidos em maio por "crime de ódio", categoria penal que inclui delitos racistas na Espanha.

Os quatro foram soltos depois sob liberdade condicional e estavam proibidos de se aproximarem a menos de 1.000 metros de um estádio durante jogos de futebol.

A proibição também vale para o centro de treinamento do Real Madrid, perto de onde foi pendurado o boneco que representava Vinícius Júnior.

Ataques a Vini têm gerado indignação ao redor do mundo
Ataques a Vini têm gerado indignação ao redor do mundoAFP

O boneco apareceu pendurado em uma ponte em 26 de janeiro deste ano, dia de clássico entre Real Madrid e Atlético de Madrid, abaixo de uma faixa com a frase "Madri odeia o Real".

O clube merengue denunciou o ato "repugnante" contra seu jogador, alvo recorrente de ataques racistas na Espanha, e cobrou punição aos responsáveis.

Os ataques racistas contra Vini Jr. geraram indignação em todo o mundo do futebol, o que levou as autoridades espanholas a subirem o tom contra um problema considerado até agora como não levado a sério o suficiente no país.