Rubiales é acusado do crime de agressão sexual pelo beijo e por coação, por ter pressionado a atleta a "justificar e aprovar o beijo que recebeu contra sua vontade", indicou o MP em um texto ao qual a AFP teve acesso.
O órgão pediu ainda dois anos de liberdade vigiada para o ex-dirigente, após o cumprimento da pena de prisão, a proibição de qualquer tipo de comunicação com Hermoso por quatro anos e indenização de 50 mil euros (R$ 273 mil na cotação atual) à atleta.
A data de julgamento de Rubiales ainda não foi definida.
Durante a entrega de medalhas da Copa do Mundo de 2023 na Austrália, vencida pela Espanha, o ex-presidente da RFEF "segurou a cabeça de Hermoso" com as duas mãos e, de forma surpreendente e sem o consentimento ou aceitação da jogadora, deu um beijo em sua boca", informou o MP em seu documento.
"Diante das consequências pessoais e profissionais que poderiam surgir", Rubiales exerceu "constantes e repetidos atos de pressão" sobre a atleta, o que a impediu de "desenvolver sua vida em paz, tranquilidade e liberdade", continuou.
O MP também pediu um ano e seis meses de prisão para o ex-treinador da seleção feminina de futebol da Espanha Jorge Vilda, o diretor esportivo da seleção masculina Albert Luque e o ex-diretor de marketing da RFEF Rubén Rivera por terem participado da coação.
Por este crime, Rubiales e os outros três réus terão que indenizar Hermoso de forma conjunta com mais 50 mil euros.