Papel defensivo transforma a presença de Griezmann na seleção da França
Neste cenário, se encaixa o perfil do atacante francês Antoine Griezmann. A lesão de Benzema abriu espaço para um outra função do jogador do Atlético de Madrid, que cumpre bem, desde o início da Copa, a função de ser um organizador de jogadas, atuando mais recuado.
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Mas a qualidade de Griezmann foi além para surpresa de alguns que não esperavam tanto assim do seu futebol. O jogador tem feito bem um papel defensivo, de dar suporte ao lateral Koundé, conseguindo ter fôlego, aos 31 anos, para subidas e descidas frequentes nas partidas.
"O que mais influenciou no seu papel dentro de campo foi a função dada por Didier Deschamps para ele se tornar protagonista. Foi dada a ele a chave do time, diferente da função de Mbappé, um craque acima da média, que pode resolver sozinho a qualquer momento, mas sem a missão de organizar o time", analisa o comentarista francês Stephane Darmani.
Vai e volta
O jornalista não duvidou da capacidade de Griezmann, que teve a seu favor a experiência de ter jogado as duas Copas anteriores. Mas Darmani não esconde a surpresa em ver Griezmann realizar, bem uma função que nunca foi seu forte.
"Griezmann tem mostrado 'pernas', talvez beneficiado por não ter jogado tanto na temporada pelo Atlético de Madrid, devido a cláusula no contrato feito com o Barcelona. Ele recebeu uma maior responsabilidade e tem tido mais liberdade. Admito que estou surpreso com sua capacidade defensiva, seu jogo ganhou uma importante característica", analisa o comentarista francês Stephane Darmani.
No acordo feito entre Barcelona e Atlético de Madrid, ficou definido que Griezmann não poderia jogar mais do que 45 minutos em 50% das partidas, sob o risco de pagar uma multa de 40 milhões de euros. Sendo assim, a cada jogo, o Atlético se viu obrigado a colocá-lo por apenas 30 minutos, limitando sua participação pelo time da capital. Tal situação persistiu até outubro, quando o clube de Madrid finalmente o adquiriu em definitivo. Quem se deu bem nisso foi a seleção da França, que teve à disposição um Griezmann "fresco" e cheio de vontade para desempenhar, com primor, um novo papel tático fornecido pelo técnico Deschamps.