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Paris abre Olimpíadas com cerimônia inédita e espetáculo cultural nas águas do Sena

Jogos Olímpicos de Paris foram abertos oficialmente nesta sexta-feira (26)
Jogos Olímpicos de Paris foram abertos oficialmente nesta sexta-feira (26) AFP
A 33ª edição dos Jogos Olímpicos da era moderna está oficialmente aberta. Com um cerimônia única e que enfrentou como obstáculo a forte chuva que caiu em Paris nesta sexta-feira (26), a cidade se superou e recebeu o mundo em um espetáculo de cores, cultura, diversidade, liberdade e toda a energia que caracteriza a Cidade Luz.

Obviamente, o evento não fugiu de críticas, mas cumpriu com o cronograma e se encerrou quase quatro horas depois com os multicampeões olímpicos Teddy Riner e Marie-José Pérec acendendo a pira olímpica. 

De Astérix a Zidane

A cerimônia iniciou-se em vídeo, com destaque para o ator francês Jamel Debbouze, que interpretou o emblemático personagem Astérix nos cinemas. Ele puxou o revezamento da tocha olímpica na grande festa de abertura, honraria que depois foi cedida a Zinédine Zidane, astro do futebol mundial e campeão da Copa em 1998. 

Saiba tudo sobre os Jogos Olímpicos de Paris no Flashscore 

O VT prosseguiu com cenas de ação do ex-jogador, correndo pelas ruas de Paris e acompanhado por três crianças que o seguiram até o metrô, uma das maiores representações da Cidade Luz. Zidane adentrou por um dos vagões, mas uma queda de luz interrompeu o trajeto. Neste momento, o francês passou a tocha para que as crianças dessem sequência ao revezamento.

Nas catacumbas de Paris, as crianças encontraram um homem misterioso e é a partir daí que a cerimônia ganha vida pelo rio Sena, apresentando inicialmente Thomas Bach, o presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), e o presidente francês Emmanuel Macron

Entre o passado e a modernidade

Paris recebeu o mundo com fogos nas cores da bandeira francesa e uma expressão artística e cultural que perpassou a história gloriosa do país. Uma cerimônia que intercalou a passagem dos barcos com as delegações e apresentações marcantes, como a da estrela norte-americana Lady Gaga - mesmo que gravada anteriormente para decepção dos fãs - e a ícone da música pop francesa, a franco-malinesa Aya Nakamura

Os principais pontos turísticos da cidade também foram visitados, dentre eles o Museu do Louvre e a Catedral de Notre Dame, onde também foram apresentadas as medalhas olímpicas, que carregam cunhadas em seu material pedaços da Torre Eiffel. 

Festa brasileira no Sena

A delegação brasileira roubou a cena no barco Belami e fez a festa durante uma passsagem animada pelas águas do Sena. A previsão de chuva se confirmou, mas nem isso desanimou os brasileiros e o público que se espremeu em arquibancadas com confusos acessos no curso do rio. 

A cerimônia contou ainda com a presença de uma animação dos famosos Minions, filme que tem como diretor o francês Pierre Coffin, responsável também pelas vozes dos personagens. O desenho foi criado pelo também francês Éric Guillon, que posteriormente virou diretor artístico do estúdio de animação Illumination. 

Tributo às heroínas francesas

Outro ponto alto foi a homenagem às heroínas francesas, como a política e feminista Simone Veil. Dez estátuas foram erguidas em bases ao longo do Sena, obras que ficarão no local após a disputa dos Jogos Olímpicos como um presente à cidade. 

A delegação francesa fechou o desfile com festa. Uma celebração histórica e jamais vista em uma edição olímpica, trazendo toda a energia das luzes que marcam a cidade e o orgulho do povo em receber o maior evento esportivo do planeta. 

Cem anos depois da última edição de Jogos Olímpicos realizada em Paris, a organização prestou um tributo ao Barão de Coubertain, pedagogo e historiador francês, que ficou para a história como o fundador dos Jogos Olímpicos da era moderna. Além disso, momentos marcantes das competições ao longo dos anos foram exibidos na transmissão oficial. 

Cerimônia foi marcada por cenas emblemáticas
Cerimônia foi marcada por cenas emblemáticasAFP

O último ato com a realeza do esporte

O revezamento final da tocha olímpica voltou às mãos de Zidane, ovacionado pelo público. A chama passou então a Rafael Nadal, ícone do tênis mundial e que disputará a última Olimpíada de sua carreira. O espanhol fez o trajeto de barco pelas águas do Sena até chegar ao Museu do Louvre, local da Pira Olímpica.

Nadal foi acompanhado por outras lendas do movimento olímpico: Serena Williams, Nadia Comăneci e Carl Lewis, que também carregaram a tocha. Após o percurso, o fogo olímpico, já em terra, foi entregue a ex-tenista Amélie Mauresmo, diretora de Roland Garros. 

Nas portas do Louvre, o ex-jogador de basquete Tony Parker, quatro vezes campeão da NBA pelo San Antonio Spurs, deu sequência ao revezamento, que também contou com a presença de atletas paralímpicos franceses. Uma caminhada que se estendeu ao Jardin des Tuileries com ícones do handebol, da esgrima, do judô, natação, atletismo e ciclismo da França, até que a chama chegou aos multicampeões olímpicos Teddy Riner e Marie-José Pérec, os responsáveis por acender a pira olímpica. 

Uma festa que entrou para a história, com o fogo dos Jogos se erguendo pelos céus de Paris em alusão ao primeiro voo de um balão de hidrogênio, em 1783, pelo químico e físico Jean-François Pilâtre e Rozier e o Marquês François D’Arlandes. A cerimônia emocionante se encerrou com uma apresentação marcante de Céline Dion, que não cantava em público desde o descobrimento de uma doença autoimune.