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Pilotos da Red Bull entram em rota de colisão após GP de São Paulo

AFP
Pilotos da Red Bull entram em rota de colisão após GP de São Paulo
Pilotos da Red Bull entram em rota de colisão após GP de São PauloAFP
O chefe da Red Bull, Christian Horner, estava lutando para resgatar a unidade de sua equipe na noite de domingo (13), em Interlagos, depois que decisões colocaram seus pilotos, Max Verstappen e Sergio Pérez, em conflito.

Um irritado Verstappen, que já garantiu seu segundo título mundial consecutivo, recusou-se a revelar suas razões para desobedecer às ordens da equipe para devolver a posição ao seu companheiro, que ainda luta pelo vice-campeonato mundial. Sergio Pérez não escondeu sua irritação com o comportamento grosseiro do holandês e disse que ele (Verstappen) “mostrou quem realmente é.”

Pérez inclusive lembrou de sua direção defensiva nas últimas voltas do Grande Prêmio de Abu Dhabi de 2021, onde ajudou Verstappen a vencer o heptacampeão Lewis Hamilton, da Mercedes, para conquistar seu primeiro título de pilotos.

“Não entendo qual foi a reação dele. Se ele tem dois campeonatos, é graças a mim”, disse um irritado Sergio Pérez.

Horner convocou a dupla para uma reunião para consertar seu relacionamento depois que Verstappen se recusou a obedecer a uma ordem da equipe para permitir que Pérez o ultrapassasse para o sexto lugar nas voltas finais.

A Red Bull queria apoiar a luta do mexicano para terminar à frente de Charles Leclerc, da Ferrari, na corrida pelo título de pilotos – mas agora os dois estão empatados em 290 pontos com uma corrida pela frente. O monegasco à frente nas vitórias, primeiro critério de desempate.

A recusa contundente de Verstappen, transmitida no rádio da equipe pela transmissão oficial da F1, chocou a Red Bull enquanto a equipe tinha seu pior resultado desde o GP do Bahrein, na abertura da temporada.

"Eu já te disse da última vez", afirmou ele, respondendo ao seu engenheiro de corrida. “Vocês não perguntem isso de novo para mim, ok? Estamos claros sobre isso? Eu dei minhas razões e as mantenho.”

A disputa entre os pilotos da equipe campeã deixou muitos observadores do paddock intrigados, pois Horner e Red Bull se recusaram a explicar a queixa de Verstappen.

“Como equipe, discutimos essas coisas internamente”, disse Horner. “Os pilotos discutiram, foram muito claros. Nós iremos para Abu Dhabi para conseguir o segundo lugar do "Checo" e Max vai apoiar isso. Não vamos falar sobre o que acontece internamente, mas os pilotos apertaram as mãos."

“Trabalhamos em equipe. Corremos em equipe e nossa prioridade é ajudar Checo a ficar em segundo no campeonato. Faremos o melhor que pudermos para conseguir isso e se Max puder ajudar de alguma forma, ele fará”.

Suposta vingança pelo GP de Mônaco

Verstappen disse que ele e Perez, após uma conversa, deram um fim à disputa e seguiram em frente – assim como ele e a Red Bull recentemente fizeram depois de uma briga com a emissora britânica Sky Sports F1. Por um suposto viés contra a equipe, eles recusaram entrevistas para a emissora no GP do México.

Já na noite deste domingo, o De Telegraaf, jornal mais vendido da Holanda, informou que a recusa de Verstappen foi uma vingança contra Pérez por impedir o holandês de vencer o Grande Prêmio de Mônaco no início deste ano.

O piloto mexicano supostamente bateu de propósito na classificação para causar uma paralisação com bandeira vermelha, que encerrou a sessão, quando ele estava à frente do holandês, informou.

Perez então venceu a corrida no domingo e, de acordo com as informações, mais tarde confirmou aos membros da equipe que ele havia batido de propósito.

Esta última polêmica vem após a revelação no mês passado pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) de que a Red Bull havia violado o teto orçamentário de US$ 145 milhões do esporte no ano passado.

A equipe foi multada em US$ 7 milhões e recebeu uma restrição de 10% no desenvolvimento de túneis de vento, em uma punição que Horner descreveu como “draconiana”.

O dia de Verstappen em São Paulo também foi marcado por uma colisão com Hamilton na volta sete, que o levou a parar com a asa dianteira quebrada e ser punido por cinco segundos por causar um acidente.