A câmara de compensação centralizada da FIFA foi lançada em novembro do ano passado com o objetivo de trazer "transparência e responsabilidade" em meio aos esforços para reprimir o multibilionário mercado global de transferências.
A entidade, sediada em Paris, concentra-se em garantir que os clubes menores recebam a compensação devida pelo desenvolvimento de jogadores antes de abordar o mercado mais amplo.
De acordo com relatos da mídia francesa, a Malesherbois recebeu o pagamento pela transferência de Benoit Badiashile do Mônaco, time da Ligue 1, para o Chelsea, clube da Premier League, em janeiro, em um negócio supostamente avaliado em 35 milhões de libras (US$ 44,11 milhões).
O zagueiro francês Badiashile jogou pelo Malesherbois entre 2008 e 2016.
"A transação, no valor de 159.990 euros (US$ 172.677,21), foi desencadeada pela transferência internacional de um jogador que foi treinado pelo SC Malesherbois como amador entre 12 e 15 anos e que recentemente foi contratado por um grande clube europeu", disse a FIFA em um comunicado.
"O pagamento é superior ao orçamento anual do clube francês e representa a maior quantia recebida pelo desenvolvimento de um jogador até o momento, com pagamentos semelhantes esperados de parcelas futuras relacionadas a essa transferência."
A câmara de compensação é a última etapa do esforço da FIFA para reformar a forma como as transferências são conduzidas e garantir que o dinheiro não seja redirecionado para fora do esporte.
A FIFA acrescentou que gerou cerca de 7.300 passaportes eletrônicos de jogadores desde novembro e que declarações de alocação no valor de 18 milhões de dólares já foram compartilhadas com a câmara de compensação.
"Foi um processo totalmente automatizado, no qual só tivemos que seguir as instruções fornecidas pela Câmara de Compensação da FIFA", disse o presidente do clube francês, Emmanuel Esnault.
"Não tivemos que reivindicar nossas recompensas de treinamento, o que é uma melhoria real para um clube pequeno como nós."