Vivendo grande momento na carreira, Neymar foi escalado pelo técnico Tite para atuar na função de um camisa 10, em linha logo atrás do trio de atacantes formado por Raphinha, Richarlison e Vini Jr.
Depois de um primeiro tempo de pouco espaço e muita marcação, Neymar aproveitou bem uma brecha que apareceu na segunda etapa. Foi dos seus pés que passou o primeiro gol da vitória de 2 a 0 sobre a Sérvia. Depois de receber na entrada da área, ele carregou para preparar o chute, quando Vini Jr. apareceu na sua frente. O arremate teve rebote que foi bem aproveitado por Richarlison, para finalmente abrir o placar.
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Sempre visado e recebendo faltas
Diante da Sérvia, o esperado aconteceu. Neymar teve muito pouco espaço e, sempre que tocava na bola, logo era cercado por mais de um marcador da Sérvia. Seria inevitável que as faltas frequentes, que tanto o acompanharam na carreira, acontecessem.
Cabeça fria e maturidade seriam necessários para o jogador brasileiro não cair na pilha europeia, aumentando sua chance de contribuir com a Seleção dentro de campo.
Mesmo com pouco espaço para pensar e agir, Neymar conseguiu mostrar sua habilidade com uma "caneta" daquelas para desconcertar a marcação sérvia e levantar a torcida. Uma das poucas chances que teve foi um chute de fora da área, alternativa que o Brasil buscou diante de raras oportunidades de gol na etapa inicial.
Neymar se manteve em posição centralizada, caindo bastante pela esquerda, aproximando-se de Vini Jr. O camisa 10 tinha a liberdade de buscar o jogo no campo de defesa para tentar abrir espaços para os companheiros. Depois de um primeiro tempo de poucos toques na bola, o segundo tempo traria um outro cenário.
Logo nos primeiros minutos, em jogada com a sua "cara", Neymar fez defensor sérvio receber cartão amarelo em arrancada que gerou falta próxima à area. Na cobrança, a barreira fez bem seu papel. Aos 10 minutos, Neymar teve chance de um centroavante, desperdiçando em chute com a perna esquerda dentro da área.
O tempo passava e o cansaço veio para o time da Sérvia. Seria natural que espaços aparecessem. E foi em um deles que Neymar carregou a bola, roubada logo antes, para entrar na área e preparar o chute. Vini, mais equilibrado, apareceu na sua frente para uma finalização que o goleiro não defendeu firme. Richarlison mostrou oportunismo para deixar sua marca.
Mesmo sem jogar tudo o que pode, muito por conta da marcação sérvia, Neymar mostrou que precisa de poucos lances para ser decisivo e mostrar seu valor. A contagem regressiva pode ter começado, mas tem tudo para terminar da melhor forma, principalmente se o desempenho do atacante for gradativo dentro da Copa. Resta saber se os defensores vão permitir que ele chegue até o final.
Preocupação
Logo após o 2 a 0, Neymar saiu de campo, com dores no tornozelo direito. A imagem da transmissão flagrou Neymar com a cabeça encoberta pela camisa, chorando, enquanto recebia uma bolsa de gelo.
O filme da Copa de 2014, quando Neymar deixou o Mundial após lesão nas quartas-de-final, deve ter passado na cabeça do atacante, que saiu para o vestiário mancando com apenas uma chuteira nos pés. Os próximos dias dirão se sua condição vai permitir que entre em campo contra a Suíça na próxima segunda-feira.