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Primeira participação do Catar na Copa do Mundo entre holofotes e pressão

Marco Romandini
O objetivo mínimo da seleção do Catar neste Mundial é passar da fase de grupos
O objetivo mínimo da seleção do Catar neste Mundial é passar da fase de grupos Profimedia
A seleção do país-sede participa pela primeira vez de uma Copa do Mundo. A chave do sucesso é o treinador espanhol Felix Sanchez Bas, mas também a experiência e os gols de Hassan Al-Haidos.

A seleção do Catar acaba de completar meio século, sua primeira partida data de 1970 e pela primeira vez entrará em uma competição mundial graças à classificação automática como país-sede. A equipe comandada pelo catalão Felix Sanchez Bas (47) terá a honra de abrir oficialmente o torneio contra o Equador. Pela primeira vez no centro das atenções do grande futebol mundial, o Catar é uma equipe a ser descoberta. 

Confira tabela completa da Copa do Mundo

A estreia nas eliminatórias mundiais data de 1978, quando jogou as eliminatórias da Copa da Ásia, sem avançar para o torneio. Demorou 19 anos para trazer para casa o troféu mais importante, a Copa da Ásia conquistada em 2019 contra o Japão. Uma vitória que se seguiu às três vitórias anteriores na Taça das Nações do Golfo em 1992, 2004 e 2014. O objetivo mínimo da seleção do Catar neste Mundial é passar da fase de grupos e não imitar a África do Sul, único país-sede que não passou da primeira fase.

Pontos fortes

O arquiteto do crescimento recente da equipe do Golfo, além de um investimento considerável em organização e estruturas, é o técnico Felix Sanchez Bas, que após deixar o cargo na equipe juvenil do Barcelona em 2006, mudou-se para Doha, focando também no desenvolvimento de futuros atletas do Catar.

Na Espanha, ele treinou os sub-16 do Barcelona por dez anos, de 1996 a 2006, comandando nomes como Sergi Roberto, Marc Muniesa, Gérard DeulofeuMartin Montoya.

Tendo em vista os recentes resultados da seleção do Catar, o ponto forte é a fase defensiva: o 3-5-2 utilizado pelo técnico espanhol garante o desenvolvimento do jogo pelas laterais na fase ofensiva. 

O Catar, no torneio conquistado há três anos, sofreu apenas um gol, marcando 19. No entanto, estes números não são muito confiáveis, tendo em conta que os adversários presentes na competição mundial serão de calibre superior. Veja só a participação da equipa de Sanchez Bas na Copa América, também em 2019: a diferença técnica e táctica dos adversários foi sentida, com o Catar sendo eliminado na fase de grupos com cinco5 gols sofridos e apenas dois marcados. 

Pontos fracos

Todos os jogadores da seleção do Catar jogam em times de seu próprio país, Al-Duhail e Al-Sadd. Este poderá ser o verdadeiro ponto fraco face a outras selecções nacionais que podem contar com jogadores de calibre internacional, portanto capazes de se adaptar e interpretar as várias situações técnico-tácticas com mais experiência e menos dificuldade.

Status da equipe

A seleção do Catar tem uma média de idade elevada, sendo os jogadores mais representativos acima dos 30 anos: o atual goleiro Saad Al Sheeb, os zagueiros Boulem Khoukhi e Rò-Rò , sendo este último natural de Portugal, o meia Hatem Mohammed Abdullah, o atacante Ismaeel Mohammad

O atacante Hassan Al-Haidos, recordista de jogos e capitão, é o jogador mais representativo do time. No passado, também foi treinado por outro ex-jogador do Barcelona, ​​Xavi. Em contraste, o artilheiro da seleção, Almoez Ali, 25, natural do Al-Duhail, nasceu no Sudão, mas se naturalizou catari desde 2014: marcou 39 gols em 82 partidas. 

Almoez Ali também jogou na Áustria e na Espanha em divisões inferiores antes de se mudar para Doha. Félix Sanchez também pode contar com a experiência dos zagueiros Abdelkarim Hassan e Boualem Khouhki e do meia Karim Boudaif. Um dos obstáculos para a seleção local será suportar a pressão dos seus torcedores que esperam exibições à altura das ultramodernas e efervescentes infra-estruturas esportivas e não esportivas criadas para o evento. Uma comparação que corre o risco de ser desigual.

Time titular

Formação (5-3-2): Al-Sheeb; Rò-Rò, Al-Rawi, Khoukhi, A.Hassan, Ahmed; Hatem, Al-Haydos e Boudiaf; Al-Haydos, Almoez Ali. Técnico: Félix Sanchez Bas.

O time também pode atuar no 4-1-4-1, tendo duas soluções que privilegiam o jogo pelas laterais.

Para se preparar para a Copa do Mundo, os catarianos treinaram em clubes, começando em junho passado e depois se mudando para a Espanha, onde concluíram sua preparação. Também houve alguns amistosos interessantes, com portões fechados: empate com o Chile (2 a 2) e duas vitórias consecutivas contra Guatemala (2 a 0) e Honduras (1 a 0).

Previsão

A seleção do Catar visa ao menos a classificação para as oitavas-de-final em um grupo difícil com a Holanda, favorita, Equador e Senegal, vencedor da última Copa da África. Não será fácil avançar da fase de grupos, mas o fato de terem feito a preparação e os amistosos com portões fechados pode ser uma vantagem para o Catar e uma armadilha para os adversários.