Prisão de Daniel Alves completa um mês: veja o que se sabe sobre o caso até agora
Daniel Alves está preso no Complexo de Brians II e aguarda uma resposta positiva da Justiça Espanhola no início desta semana. Possivelmente, uma decisão sobre o pedido de liberdade provisória deverá ser concedido nesta terça-feira (21). Dentre as estratégias que a defesa planeja para facilitar sua soltura estão a retirada do passaporte ou o uso de uma pulseira de geolocalização.
Mas a acusação pede que a prisão seja mantida, uma vez que, segundo os advogados, há risco de que Daniel Alves deixe a Espanha, podendo, inclusive, permanecer no Brasil, onde não há acordo de extradição com a Espanha, algo similar ao que acontece com Robinho, que já teve sua prisão decretada pela Justiça Italiana.
Inclusive, Robinho é um dos motivos para que Daniel Alves siga preso, como relatou Cristóbal Martell Pérez-Alcade, advogado do lateral, em entrevista à "Folha de S. Paulo".
"Robinho não nos ajuda. O Brasil, como tantos outros países, também a Espanha, não entrega seus cidadãos. Além disso, o faz por um imperativo constitucional. O artigo 5º da Constituição Federal do Brasil proíbe a entrega de nacionais por crimes dessa natureza. Eu não conheço o caso de Robinho bem o suficiente. Não quero me pronunciar, nem posso, nem devo. Mas, o fato de a Itália, até hoje, não ter tido sucesso no cumprimento da sentença de Robinho não ajuda a liberdade provisória de Daniel Alves", disse o advogado.
No último dia 9 de fevereiro, a defesa de Daniel Alves admitiu pela primeira vez que houve "penetração vaginal", mas alegou que o sexo foi "consensual", apontando que a vítima não possuía lesões na região da vagina. O fato é contestado pela acusação, que se apoia a outros pontos da investigação, como a comprovação de que os restos de sêmen encontrados na região genital da mulher são de Daniel Alves.
"A liberdade provisória de Daniel Alves é um ataque à integridade psicológica da denunciante", disse Ester García, advogada da vítima.
Mais recentemente, Daniel Alves teria dado sua quarta versão sobre o caso, afirmando à esposa, Joana Sanz, em ligações telefônicas, que estava bêbado e não se lembrava de absolutamente nada do que aconteceu no dia 30 de dezembro do ano passado. A informação foi publicada pela revista "A Semana".
As outras três versões de Daniel Alves foram as seguintes:
- Negou qualquer tipo de abuso, disse que estava apenas dançando e que sequer conhecia a mulher;
- Disse que estava no banheiro quando a mulher entrou e não teve contato com ela;
- Admitiu a relação sexual, mas de forma consensual.