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Prisão de Daniel Alves completa um mês: veja o que se sabe sobre o caso até agora

Josias Pereira
Daniel Alves em treino com a Seleção Brasileira na Cidade do Galo
Daniel Alves em treino com a Seleção Brasileira na Cidade do GaloLucas Figueiredo/CBF
Nesta segunda-feira (20) completa-se um mês desde a prisão do lateral brasileiro Daniel Alves. Ele foi acusado de estuprar uma mulher, de 23 anos, em uma boate de Barcelona. O crime teria ocorrido em dezembro do ano passado. O jogador estão detido desde o dia 20 de janeiro e não tem direito a fiança. Daniel Alves e seus advogados vêm lutando para que o processo seja respondido em liberdade, mas ainda não há decisão favorável da Justiça.

Daniel Alves está preso no Complexo de Brians II e aguarda uma resposta positiva da Justiça Espanhola no início desta semana. Possivelmente, uma decisão sobre o pedido de liberdade provisória deverá ser concedido nesta terça-feira (21). Dentre as estratégias que a defesa planeja para facilitar sua soltura estão a retirada do passaporte ou o uso de uma pulseira de geolocalização. 

Mas a acusação pede que a prisão seja mantida, uma vez que, segundo os advogados, há risco de que Daniel Alves deixe a Espanha, podendo, inclusive, permanecer no Brasil, onde não há acordo de extradição com a Espanha, algo similar ao que acontece com Robinho, que já teve sua prisão decretada pela Justiça Italiana. 

Inclusive, Robinho é um dos motivos para que Daniel Alves siga preso, como relatou Cristóbal Martell Pérez-Alcade, advogado do lateral, em entrevista à "Folha de S. Paulo". 

"Robinho não nos ajuda. O Brasil, como tantos outros países, também a Espanha, não entrega seus cidadãos. Além disso, o faz por um imperativo constitucional. O artigo 5º da Constituição Federal do Brasil proíbe a entrega de nacionais por crimes dessa natureza. Eu não conheço o caso de Robinho bem o suficiente. Não quero me pronunciar, nem posso, nem devo. Mas, o fato de a Itália, até hoje, não ter tido sucesso no cumprimento da sentença de Robinho não ajuda a liberdade provisória de Daniel Alves", disse o advogado. 

No último dia 9 de fevereiro, a defesa de Daniel Alves admitiu pela primeira vez que houve "penetração vaginal", mas alegou que o sexo foi "consensual", apontando que a vítima não possuía lesões na região da vagina. O fato é contestado pela acusação, que se apoia a outros pontos da investigação, como a comprovação de que os restos de sêmen encontrados na região genital da mulher são de Daniel Alves.

"A liberdade provisória de Daniel Alves é um ataque à integridade psicológica da denunciante", disse Ester García, advogada da vítima. 

Mais recentemente, Daniel Alves teria dado sua quarta versão sobre o caso, afirmando à esposa, Joana Sanz, em ligações telefônicas, que estava bêbado e não se lembrava de absolutamente nada do que aconteceu no dia 30 de dezembro do ano passado. A informação foi publicada pela revista "A Semana". 

As outras três versões de Daniel Alves foram as seguintes: 

- Negou qualquer tipo de abuso, disse que estava apenas dançando e que sequer conhecia a mulher; 

- Disse que estava no banheiro quando a mulher entrou e não teve contato com ela; 

- Admitiu a relação sexual, mas de forma consensual.