Diante do desafio de segurança do evento, principalmente durante a cerimônia de abertura, o texto possibilita a utilização de um sistema de Inteligência artificial que permite detectar movimentos suspeitos de multidões dentro, ou próximo, aos estádios, em vias públicas e nos transportes.
Solicitado há muito tempo pelo delegado interministerial dos Jogos Olímpicos, Michel Cadot, o sistema será aplicado a "eventos recreativos, esportivos, ou culturais", expostos a "riscos de terrorismo", ou a "violações graves da segurança das pessoas".
Outra novidade serão os "scanners" corporais, até agora usados apenas em aeroportos, que serão autorizados na entrada de estabelecimentos com mais de 300 pessoas, com o consentimento individual. Isso permite evitar uma revista de segurança, já que a organização dos Jogos e o Estado enfrentam a falta de agentes de segurança privada.
O texto prevê ainda medidas para rastrear os membros das delegações que residirão na vila olímpica, assim como de voluntários e fornecedores, incluindo os que vão participar das "fan-zones". Também concede ao prefeito da polícia de Paris, Laurent Nunez, autoridade sobre todos os departamentos da região onde Paris está localizada, de 1º de julho a 15 de setembro de 2024.
A medida indica o reforço das sanções, em caso de violência nos estádios, especialmente os relacionados à reincidência, ou à violência em grupo.
Além disso, define que, nos municípios onde houver locais de competição, ou limítrofes, o prefeito poderá autorizar a abertura de comércios de bens, ou serviços, aos domingos, de 1º de junho de 2024 a 30 de setembro de 2024.