A decisão da promotora Marta Durantez Gil ocorreu três dias depois que Hermoso apresentou uma queixa criminal. Cabe ao tribunal apresentar acusações formais.
A queixa, anunciada na sexta-feira, descreve como Rubiales beijou Hermoso na boca "sem seu consentimento" enquanto segurava sua cabeça com as duas mãos depois que a Espanha derrotou a Inglaterra na final da Copa do Mundo femininaem Sydney, em 20 de agosto.
Rubiales disse que o beijo foi mútuo e consensual e desafiou os apelos das jogadoras, funcionários do governo e outros para que ele renunciasse.
Durantez também fez um apelo às autoridades australianas para que esclareçam se o incidente seria considerado um crime sexual naquele país.
Durante seu depoimento ao promotor, Hermoso disse que ela e seus parentes foram pressionados por Rubiales e seu "séquito profissional" a dizer que ela "justificou e aprovou o que aconteceu", disse o escritório do promotor em um comunicado.
O promotor acrescentou um possível crime de coerção por Rubiales como resultado, de acordo com a declaração.
O incidente desencadeou uma onda de indignação contra o sexismo na Espanha, resultando na suspensão temporária de Rubiales pela FIFA depois que ele se recusou a renunciar e na demissão do técnico da equipe, Jorge Vilda, um aliado do presidente da federação.
O promotor do Tribunal Superior da Espanha disse que Rubiales poderia enfrentar uma acusação de agressão sexual, que acarreta uma pena de prisão de um a quatro anos, se Hermoso, que vive e joga no México, apresentasse uma queixa.
Rubiales não respondeu imediatamente a um pedido de comentário, nem o agente de Hermoso.