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Real Madrid e Barcelona, ​​como mudamos: de Mou e Guardiola a Ancelotti e Xavi

Cordialidade reina entre Xavi e Ancelotti, técnicos que decidem a Supercopa da Espanha neste domingo (15)
Cordialidade reina entre Xavi e Ancelotti, técnicos que decidem a Supercopa da Espanha neste domingo (15)Profimedia
Os eternos rivais se enfrentam com uma Copa em jogo. Um Clássico que nem sempre teve a cordialidade que agora exibem Carlo Ancelotti e Xavi Hernández. Basta recordar os tempos de Mourinho e Guardiola no comando das duas equipe e aquele dedo no olho desferido pelo português ao falecido Tito Vilanova.

Aqueles eram outros tempos e nem sempre o passado, por ser passado, é melhor. Além do ímpeto esportivo de sempre, da intensidade de vencer o arquirrival, da morbidez de poder comemorar um título conquistado sobre seu grande oponente, havia um fundo antidesportivo que tornava as partidas feias, truncadas, provocava disputas entre "quase irmãos" e afetou totalmente a seleção espanhola.

Foi na temporada 2010/2011 que tudo começou. Depois de um banho de futebol do Barça no Real logo no primeiro Clássico de Mourinho, partida que terminou com uma goleada blaugrana por 5 a 0, a tensão chegou a um ponto sem volta já em 2011, quando o calendário reservou aos oponentes quatro jogos em apenas duas semanas e meia.

O atual técnico da Roma começou a esquentar as partidas reclamando dos árbitros, do tratamento recebido no Camp Nou. Traduzido em campo, as tensões chegeram ao ápice, com mais expulsões -normalmente merengues -, gols anulados, contas pendentes. Isso não era futebol.

O dedo de Mou

O pior ainda estava por vir. No verão de 2011 foi quando a guerra explodiu de vez, e não só o futebol, ultrapassou as barreiras do desporto. Após declarações atravessadas de um lado e de outro, principalmente entre os técnicos, uma briga entre os jogadores após desarmes muito feios, beirando ou até ultrapassando os limites, gerou confusão nos bancos.

Foi quando Mourinho liberou sua fúria e colocou o dedo no olho do falecido Tito Vilanova, o segundo de Guardiola no Barça à época. O auge da violência entre os atletas continuou verbalmente por mais alguns meses.

O telefonema de Casillas

Iker Casillas, incomodado com o que estava acontecendo, reagiu como o capitão que era do Real Madrid e ligou para o amigo Xavi, com quem se encontrava desde a infância nas categorias de base da seleção espanhola. Ganhou a inimizade do treinador, mas conseguiu diminuir a tensão daqueles Clássicos que se tornaram mais uma guerrilha do que uma partida de futebol.

O respeito entre Xavi e Ancelotti

O próprio Xavi, agora treinador do Barcelona, ​​recorda que aquela fase "não foi positiva para ninguém. Nenhuma das duas equipes deu boa imagem".

Algo que contrasta com o momento atual em que, além da rivalidade esportiva, existe um enorme respeito entre ele e Ancelotti. "Já o encontrei muitas vezes. É um cavalheiro do futebol. Temos de seguir esta linha. Admiro muitos jogadores do Real Madrid", comentou o treinador culé na véspera da final da Supercopa da Espanha.

Minutos antes, com o troféu da Supercopa ao meio e em evento organizado pela RFEF, os dois treinadores partilharam um momento para mostrar que esta cordialidade e respeito não fica só nas palavras.