Reclamação por difamação de Benzema contra ministro francês é rejeitada
A queixa, recebida em 16 de janeiro e apresentada na terça-feira, "refere-se a declarações que não imputam a ele nenhum ato que possa prejudicar sua honra ou reputação", disse o procurador-geral da Corte de Cassação, Rémy Heitz, em um comunicado.
As declarações foram feitas em 16 de outubro, dias depois que um ataque sangrento do movimento islâmico Hamas em solo israelense desencadeou uma resposta militar israelense mortal na Faixa de Gaza.
O conflito também polarizou a classe política na França, lar da principal comunidade judaica da Europa, além de milhões de muçulmanos.
"Karim Benzema tem ligações notórias, todos nós sabemos, com a Irmandade Muçulmana", disse Darmanin ao CNews na época, reagindo a uma postagem do vencedor da Bola de Ouro no site de rede social X sobre a situação na Faixa de Gaza.
Nela, o jogador de 36 anos dirigiu "todas as (suas) orações aos habitantes de Gaza, vítimas mais uma vez de bombardeios injustos que não poupam nem mulheres nem crianças".
Dois dias após a acusação, o advogado do atual jogador do clube saudita Al-Ittihad, Hugues Vigier, negou categoricamente a ligação com a Irmandade Muçulmana: "Isso é falso! Karim Benzema nunca teve a menor ligação com essa organização".
De acordo com o advogado, Darmanin queria "explorar" a "figura simbólica" de Benzema, razão pela qual eles apresentaram uma queixa ao Tribunal de Justiça da República - o tribunal competente para julgar membros do governo por crimes cometidos no exercício de suas funções - que foi finalmente rejeitada.